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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.
O mercado encontra certa dificuldade para estabelecer um teto para o risco-país nesta semana, mas algumas projeções indicam que o número pode superar os 800 pontos. Tudo dependerá de fatores internos, como a divulgação de alguns índices de inflação e de acontecimentos políticos, e externos - sobretudo, o anúncio da inflação norte-americana de abril.
O risco-país se comportará com muita volatilidade nesta semana, afirma o economista-chefe do ABN Amro Real, Mário Mesquita. Acho que o teto da oscilação ficará em torno dos 800 pontos, mas está difícil estabelecer um parâmetro, diz. Na semana passada, o banco supôs que o risco brasileiro fecharia ao redor de 700 pontos, abaixo dos 759 registrados.
Para o analista-chefe da consultoria Global Invest, Paulo Eduardo Nogueira Gomes, o risco oscilará entre 750 e 850 pontos. A divulgação do IGP-DI de abril e as primeiras prévias do IGP-M e do IPC-Fipe de maio são alguns dos fatores aguardados pelos investidores. O mercado também aguarda uma decisão do Banco Central sobre uma possível rolagem de 2,064 bilhões de dólares que vencerão no dia 19. Na semana passada, o BC já anunciou que pretende pagar outros 707 milhões no dia 13.
Para Gomes, o cenário político também pode pressionar o risco. Nesta semana, espera-se a votação de duas propostas de emenda constitucional consideradas prioritárias pelo governo: a PEC paralela da Previdência (227/04) e a que limita o número de vereadores nas câmaras municipais (353/01). O mercado tende a ver, nestas votações, um teste da força do governo, diz.
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p class="MsoNormal" style="margin:0;">Ele lembra que, na semana passada, os acontecimentos políticos (a rejeição da medida provisória que proibia os bingos no Brasil, por exemplo) contribuíram para a deterioração do risco. A taxa de risco brasileira abriu a última semana em 659 pontos e fechou a sexta-feira em 759.