Minhas Finanças

Adesão ao fundo de previdência complementar será automática

A partir de novembro, os novos servidores do Executivo federal terão adesão automática no fundo de previdência complementar

servidor público (Thinkstock)

servidor público (Thinkstock)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de outubro de 2015 às 09h52.

Brasília - A adesão ao fundo de previdência complementar deve passar a ser automática para os novos servidores do Executivo federal que ingressarem a partir de novembro. Trata-se da forma encontrada pelo governo para contornar o frustrante número de participantes da Funpresp, criada em 2013 para ser uma gigante estatal.

Até 23 de setembro, a Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal do Poder Executivo (Funpresp-Exe) recebeu a adesão de 16,4 mil contribuintes, 33% dos servidores públicos que entraram no Executivo entre fevereiro de 2013 e setembro deste ano. No primeiro ano do fundo, a adesão foi de pouco mais de 2 mil servidores, ante a expectativa do governo de 10 mil. O número não foi alcançado nem no fim de 2014, quando havia 9,3 mil.

No lançamento, Miriam Belchior, atual presidente da Caixa, estimou que a Funpresp-Exe se tornaria o maior fundo de pensão da América Latina em dez anos. De acordo com ela, o novo regime deve reduzir o déficit da Previdência dos servidores públicos e zerá-lo nos próximos 35 anos, com os primeiros participantes começando a receber a aposentadoria.

O patrimônio atual do fundo é de R$ 185 milhões, mas a expectativa do governo é de que salte nos próximos anos, indo a R$ 7,9 bilhões, em 2019, e R$ 25,3 bilhões em 2023. A fundação tem personalidade jurídica de direito privado, ou seja, autonomia para gerir os recursos. Mas os dirigentes são nomeados pelo governo, pois o fundo também tem natureza pública. Assim, a gestão do maior fundo de previdência complementar será feita por pessoas indicadas pelo governo em alguns anos.

Para alavancar o número de clientes do fundo e conseguir bater as metas, o governo colocou uma proposta para tornar a adesão automática em uma Medida Provisória que foi aprovada pelo Congresso e tem até o dia 5 de novembro para ser sancionada pela presidente.

Ao ingressar no serviço público, os funcionários terão 90 dias para desistir da participação na Funpresp-Exe. Caso desistam, receberão de volta as contribuições que foram descontadas do contracheque com correção monetária.

Com o novo regime, o teto para a aposentadoria dos servidores públicos passou a ser o mesmo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - R$ 4.663. Os funcionários que ganham acima e querem uma aposentadoria maior na Funpresp-Exe precisam arcar com parcela da previdência complementar, de 7,5% a 8,5% de contribuição sobre o salário. O Tesouro Nacional faz a contrapartida no mesmo porcentual, acima do praticado pelo mercado. Antes, o servidor contribuía com 11% e o Tesouro arcava com 22%. 

Acompanhe tudo sobre:AposentadoriaBancosCaixaEmpresasServidores públicosSetor de previdência

Mais de Minhas Finanças

Consumidores têm até 30 de novembro para negociar dívidas bancárias em Mutirão

Como calcular o valor do 13º salário; pagamento acontece esta semana

Pé-de-Meia: pagamento a estudantes começa nesta segunda

Aposentados e pensionistas do INSS começam a receber hoje; veja calendário