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Ações ligadas ao mercado doméstico lideram recomendações

A operadora de rodovias CCR foi um dos destaques, presente em cinco das nove carteiras analisadas


	CCR: perfil defensivo do setor e os sólidos resultados da companhia foram citados nas carteiras
 (Valéria Gonçalves/EXAME.com)

CCR: perfil defensivo do setor e os sólidos resultados da companhia foram citados nas carteiras (Valéria Gonçalves/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2012 às 18h49.

São Paulo - Com os primeiros sinais de retomada da economia brasileira, em meio a um cenário externo ainda repleto de incertezas, analistas concentraram suas recomendações de investimento para setembro em ações de empresas voltadas ao mercado doméstico.

A operadora de rodovias CCR foi um dos destaques, presente em cinco das nove carteiras obtidas pela Reuters, com analistas citando o perfil defensivo do setor e os sólidos resultados da companhia.

A BR Malls, maior administradora de shopping centers do país, também recebeu cinco recomendações, por fatores como exposição ao mercado doméstico e forte resultado no segundo trimestre, segundo analistas.

Ações de bancos também aparecem entre as principais recomendações, com destaque para Itaú Unibanco. Após ter sofrido com a pressão do governo pela redução de spreads e pelo aumento da inadimplência nos últimos meses, analistas do HSBC avaliam que "o fluxo de notícias negativas para o setor já se amenizou." Analistas do BTG Pactual decidiram manter sua carteira de ações recomendadas concentradas em empresas focadas no mercado doméstico, com nomes como Pão de Açúcar, Fibria, Cosan e BR Pharma.

Na avaliação do BTG Pactual, apesar dos sinais ainda mistos de recuperação da economia brasileira, "o crescimento deve se acelerar até o fim do ano", segundo carteira enviada a clientes nesta segunda-feira.


As recentes medidas anunciadas pelo governo --como o plano de investimentos em infraestrutura e a extensão de incentivos tributários para alguns setores-- também dão suporte adicional à tese de que a recuperação da economia brasileira está a caminho, na avaliação de analistas do Credit Suisse.

Por outro lado, os persisitentes sinais de desaceleração da economia global, em especial na China, fizeram com que alguns analistas optassem por reduzir os riscos de suas carteiras, excluindo ações de empresas muito expostas à dinâmica externa.

Foi o caso do BB Investimentos, que retirou a preferencial da Vale de sua carteira, destacando que a ação da mineradora tem sido muito pressionada pelo desaquecimento da economia chinesa e o forte tombo nos preços do minério de ferro.

Na avaliação do Bradesco BBI, setembro é um mês para se adotar postura conservadora, já que uma série de eventos podem trazer volatilidade adicional para os mercados acionários, como as reuniões de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), além de rodadas de negociações da Grécia com a Europa.

"A menos que vejamos uma decisão resoluta pelo Fed e pelo BCE em direção a um QE3 (nova rodada de afrouxamento monetário) e monetização, não esperamos uma alta significativa no universo de ações no curto prazo", afirmaram os analistas do Bradesco BBI em relatório.

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