A Redecard realizará na próxima sexta-feira (13/7), na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), a maior oferta pública de ações de todos os tempos, com seus papéis sendo cotados acima do esperado. O preço inicial das ações foi fixado em 27 reais, sendo que a estimativa do Unibanco, coordenador do IPO (sigla em inglês para oferta pública inicial) era de que o valor ficasse entre 20 e 25 reais.

Os pedidos de reserva dos investidores de varejo foram integralmente atendidos até o valor de 68.472,00 reais, que corresponde a 2.536 ações. Quem solicitou compra acima desse valor, teve seu pedido atendido somente até os 68.472,00 reais.

A empresa deve captar 4,072 bilhões de reais com a operação, mas apenas 404,2 milhões de reais entrarão em seu caixa, já que das 150.827.527 ações ordinárias ofertadas, apenas 15.555.555 foram emitidas pela companhia. As demais pertencem aos acionistas controladores, que estão se desfazendo de parte de suas ações para reduzir a participação societária na empresa. Hoje, Citibank, Itaú e Unibanco possuem cerca de 32% da Redecard cada. A Mastercard tem uma participação de aproximadamente 5% na empresa. Após o IPO, a participação dos controladores será reduzida para cerca de 25% cada.

Criada em 1996, a Redecard nasceu de uma cisão da Credicard, até então controlada pelos bancos Citibank, Itaú e Unibanco. A sociedade na Credicard foi desfeita, mas mantida na Redecard, que é responsável pelas transações com os cartões Mastercard e Diners, além do credenciamento de estabelecimentos comerciais que aceitam os cartões. Atualmente, a empresa conta com mais de 1 milhão de estabelecimentos conveniados e cerca de 34% de participação de mercado.

De acordo com a Redecard, os recursos obtidos com o IPO serão utilizados no desenvolvimento de sua infra-estrutura tecnológica, compra e a manutenção de equipamentos e aquisição de softwares.