Esta sexta-feira, 26 de outubro de 2007, vai entrar para a história do mercado acionário brasileiro não só por se tratar da data de estréia das ações da própria Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), mas também pelo fascínio que os papéis despertaram nos investidores. Após subir mais de 53% durante o pregão, as ações da Bolsa fecharam o primeiro dia de negociação cotadas a 34,99 reais, com valorização de 52,13%.

A procura pelos papéis foi tão intensa que a Bolsa registrou mais de 54.000 negócios, movimentando 1,5 bilhão de reais. Antes mesmo da fixação do preço inicial dos papéis já era sabido que a demanda seria forte, mas os negócios de hoje surpreenderam até os analistas. As ordens de compra começaram a ser dadas ainda ontem, e as dúvidas sobre se haveria espaço para valorização dos papéis logo se dissiparam.

A princípio, as projeções dos coordenadores da oferta pública inicial (IPO, em inglês) apontavam para um preço inicial das ações entre 15,50 reais e 18,50 reais, porém, devido à forte demanda pelos papéis, as projeções foram revisadas para uma faixa entre 20 reais e 23 reais.

Já na abertura as ações eram cotadas a 32 reais, mas chegaram até a máxima de 35,33 reais no decorrer do pregão. A Bovespa ofertou 250.492.283 ações ordinárias, com a possibilidade de exercício de um lote suplementar com mais 37.573.842 ações. Considerando o lote suplementar, a operação terá movimentado 6,6 bilhões de reais, ultrapassando em mais de 1 bilhão de reais a oferta da Redecard, até então a maior realizada no Brasil.

Muitos investidores de varejo que solicitaram reserva dos papéis não conseguiram levar devido ao excesso de demanda, e os que compraram tiveram seus pedidos restringidos a 12.098 reais, o correspondente a 526 ações.