Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h33.
O dentista Glaucio Geraldo Aliende, de 36 anos, define-se como um investidor arrojado. Sócio da Sogeli Saúde, um convênio odontológico de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, Aliende costumava manter 30% de seu patrimônio na bolsa de valores e no mercado futuro de boi, milho e álcool. Fazia essas aplicações de risco orientado por seus corretores. "Gosto de aproveitar oportunidades", diz. O restante de seus investimentos estava distribuído entre fundos de investimento, participação em outras empresas e terrenos. O arrojo durou até o ano passado.
Com as incertezas eleitorais, Aliende experimentou aquilo que muitos brasileiros sentiram: medo. O resultado foi que, antes da virada de 2002, ele se desfez de boa parte de suas aplicações financeiras, principalmente as de risco, e incorporou mais um imóvel a seu portfólio. Trata-se de um pequeno prédio em São José do Rio Preto, outra cidade do interior paulista, que custou 240 000 reais. Do investimento, Aliende almeja retirar até 5 000 reais por mês com aluguéis comerciais.
Ainda que o prédio lhe proporcione o retorno imaginado, a parcela imobilizada de seu capital (54%) parece exagerada. "Ele procurou mais segurança que rentabilidade", diz Marcia Dessen, consultora de investimentos de São Paulo. Já a carteira de ações está de bom tamanho para seu perfil. O único cuidado é não concentrar demais o risco. "Um fundo de ações permite diversificar com menos capital", diz o consultor de investimentos Fabio Colombo.
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