Ações de construtoras estão entre as maiores altas do ano (EDUARDO MONTEIRO)
Da Redação
Publicado em 17 de fevereiro de 2012 às 07h20.
São Paulo - A Bolsa brasileira vem apresentando um bom desempenho este ano, com seu principal índice acumulando alta de mais de 15%, frente a uma queda de 18% no ano passado. Algumas ações chegaram praticamente a recuperar pesadas perdas - de mais de 20% - em menos de dois meses. Mas será que isso significa que o investidor pode respirar aliviado?
Para o consultor financeiro Mauro Calil, apesar do cenário de crise, o sobe-e-desce tem que ser encarado como o natural da Bolsa. "O mercado acionário vive de volatilidade, ou seja, alternando momentos de alta e momento de baixa. Depois de um momento de baixa, vem um momento de alta", diz.
No caso da Bolsa brasileira, o retorno do capital estrangeiro deu fôlego novo ao mercado em função de boas notícias na conjuntura internacional no início do ano. Em fevereiro, por conta da divulgação dos resultados das empresas, o Ibovespa está no vaivém, mas continua positivo.
Quem puxa o índice este ano são as ações ligadas ao mercado interno, principalmente ao setor de consumo e de construção civil. O setor de siderurgia também viu boa recuperação, mas analistas não acreditam que o bom desempenho se sustente ao longo do ano. Ações de empresas ligadas ao mercado externo já não tiveram um desempenho tão brilhante. Vale e Petrobras, embora com ações em alta, amargaram resultados insatisfatórios e sofrem com os preços das commodities no mercado internacional.
Sem mudanças radicais no cenário macroeconômico, o ambiente ainda inspira cautela e deve continuar bastante volátil, conforme previram especialistas no final de 2011. Para Mauro Calil, os setores mais estáveis e sólidos no momento são o de bancos, o de varejo e o de energia elétrica, considerando que as empresas que pagam bons dividendos continuarão uma boa pedida para este ano.