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8 dicas para escolher o carro certo para o seu perfil

Veja o que avaliar antes de comprar um carro e evite arrependimentos


	Cotar os valores de seguros e pesquisar carros da mesma categoria daquele que era sua primeira opção são algumas dicas
 (Marcelo Camargo/ABr)

Cotar os valores de seguros e pesquisar carros da mesma categoria daquele que era sua primeira opção são algumas dicas (Marcelo Camargo/ABr)

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Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2013 às 10h49.

São Paulo – Para encontrar o carro certo é preciso deixar os desejos um pouco de lado e focar as necessidades. Ao escolher um carro apenas pela atração e pela primeira impressão, o comprador tem grandes chances de exceder seu orçamento, ou precisar voltar à concessionária para comprar um novo veículo mais cedo.

Confira a seguir algumas dicas para fazer a escolha do carro ideal para você:

1) Compre o carro que você pode pagar...

Dificuldades para pagar o carro podem trazer muita dor de cabeça. Por isso, é crucial avaliar até qual valor o carro não comprometeria o seu orçamento. Alguns especialistas em finanças orientam que não se gaste mais do que um terço da renda com endividamentos, incluindo todos os tipos de dívida, seja com financiamento do carro, da casa e outros.

Mas, se a única dívida for o financiamento do carro, usar um terço da renda para isso pode não ser algo muito saudável do ponto de vista financeiro. Comprometer esta parcela com um imóvel pode fazer mais sentido porque o imóvel é um investimento e pode se valorizar. Já o carro é apenas um objeto de consumo, que deprecia com o tempo e não traz qualquer rentabilidade.

Por isso, para quem for mais conservador e quiser pensar antes na saúde financeira do que no consumo imediato, uma regra também comentada é que o pagamento do carro não exceda 20% do financiamento da sua casa.

2) ...e também que você pode manter

Alguns carros são baratos de comprar, mas caros de manter. Por isso, além de pensar no custo de aquisição, o comprador deve pensar no custo de manutenção do carro escolhido, que pode facilmente superar o valor do carro em alguns anos.

Apesar dos custos dos carros estarem muito ligados ao tipo de uso que se faz deles, existem alguns tipos de carros que têm mais chance de custar caro do que outros. Carros grandes, potentes, de marcas recém-chegadas ao país ou com pequena cobertura nacional, importados, carros fora de linha e aqueles que não possuem itens básicos têm grande chance de ter manutenção cara.

Por isso, vale a pena gastar um pouco de tempo para pesquisar se um carro vai ter um custo alto ou não. Algumas pesquisas e rankings divulgados em EXAME.com podem ajudar na tarefa, tais como: os carros gastam mais combustível; os carros que gastam menos combustível; os carros mais fáceis e baratos de consertar; e os carros mais indicados para serem comprados seminovos por gerarem poucos problemas de manutenção. Vale também lembrar que a opinião de conhecidos que possuem o carro pretendido também pode ser bastante relevante para a escolha.

3) Foque nas suas necessidades e não nos seus desejos

Para focar nas necessidades, uma boa dica é pensar nos carros que você já teve e o que faltava neles. Caso você não tenha tido um carro antes, pense sobre o tipo de uso que fará dele.

Há carros mais indicados para determinadas faixas etárias, por exemplo. Para quem tem mais de 60 anos, o conforto e a visibilidade podem ser os principal critérios para definir a escolha. Para jovens, os carros mais econômicos podem ser os mais indicados, e para quem tem entre 30 e 60 anos o espaço para comportar a família e a performance podem ser os fatores mais importantes.


Conforme explica Milad Kalume Neto, gerente de desenvolvimento de negócios da consultoria Jato Dynamics, o local onde o carro será usado também pode contribuir para a escolha. “Quem usa mais o carro na cidade deve pensar em veículos mais econômicos. Já quem vai dirigir mais na estrada deve pensar em carros com melhor performance. Se a cidade tiver muita ladeira, como ocorre em Belo Horizonte, um carro de motor 1.4 pode ser melhor do que o 1.0. O motor 1.4 tem mais elasticidade, enquanto o carro 1.0 requer mais aceleração na subida e exige mais do motor, o que eleva seu consumio”, diz.

O site de um dos mais famosos programas sobre carros, o Top Gear da BBC, possui um simulador que apresenta ao usuário o melhor tipo de carro para ele, levando em consideração a categoria (compacto, sedã, hatch), os preços e outras questões como conforto, nível de emissões de gases poluentes e velocidade. Apesar de o site mostrar os carros do mercado britânico e também os preços praticados por lá, é possível encontrar veículos que também são vendidos por aqui.

4) Considere carros na mesma categoria, não apenas aquele pelo qual você se apaixonou

Compare os demais carros que se enquadram na mesma categoria que aquele pelo qual você "se apaixonou". Assim é possível descobrir um caro mais barato e igualmente interessante, por exemplo.

5) Veja se vale a pena comprar um seminovo

Para muita gente, os carros zero quilômetro são a primeira e talvez única opção. Mas, na hora de iniciar a busca propriamente dita a decepção pode ser grande. O valor de que o comprador dispõe pode ser insuficiente para comprar o modelo pretendido, ou ao menos equipá-lo com itens de conforto e opcionais importantes.

Comprar o zero quilômetro é a opção mais segura para o comprador que tem capacidade financeira, uma vez que ele não vai ter que se preocupar sobre como o veículo foi usado no passado. Mas os carros seminovos podem ser a melhor alternativa para quem busca um modelo mais equipado, ou para quem não tem recursos suficientes para comprar o novo desejado.

Tomando alguns cuidados é possível encontrar serminovos em ótimas condições e pelo mesmo valor que um zero quilômetro inferior. Pelo mesmo preço, por exemplo, é possível comprar um Citroën C3 1.4 seminovo, ano 2011 ou um Gol 1.0 zero quilômetro. Um Audi A3 2.0 seminovo ano 2010 custa o mesmo que um Veloster 1.6 novo.

6) Faça testes drives

Essa dica pode parcer óbvia, mas a verdade é que muitos compradores não aproveitam o teste como deveriam ou não o fazem da melhor forma.

Para aproveitar o melhor do teste drive, o comprador deve dirigir pelo mesmo caminho que costuma dirigir todos os dias, entrar em uma via que permita altas velocidades para testar seu motor e sua capacidade de freio e, se possível, entrar com o carro na sua garagem para observar se o seu tamanho não seria um problema.

Fique atento também a pequenos detalhes que podem ser essenciais para você, como a alça de segurança no teto, a regulagem dos bancos e até mesmo os porta-objetos. Alguns compradores deixam escapar esse tipo de detalhe e só depois, no dia a dia, percebem que isso faz uma enorme diferença.

Pode valer a pena também fazer um teste mais apurado. Para isso, o ideal é alugar um carro do mesmo modelo, de preferência o veículo mais velho disponível na locadora. Dessa forma será possível observar efeitos do tempo e do uso sobre determinado modelo. E no caso de carros usados, algumas lojas permitem a realização de um test drive prolongado. 


7) Cote o valor do seguro dos carros pretendidos e faça a comparação

Além do valor do seguro ser um ponto que pode ajudar o comprador a se decidir por um carro ou outro do ponto de vista financeiro, ele também traz informações ocultas que dizem muito sobre os carros.

Os valores dos seguros são formados a partir do perfil do motorista, mas também a partir do modelo do carro. Por isso, se o seguro de um modelo é mais caro que o de outro, isso pode mostrar que o carro tem maior índice de roubo e furto, maior custo de reparação, e menor estabilidade e segurança.

Alguns sites funcionam como corretoras on-line e permitem a simulação de valores de seguros para diferentes modelos, como o Economize no Seguro, TaClaro.com, Minuto Seguros e Segurar.com.

8) Não compre o carro no mesmo dia

Essa dica vale para qualquer tipo de consumo, mas para carros é ainda mais importante. Muitos vendedores pressionam o consumidor a comprar o carro imediatamente. O argumento clássico é o de que no dia seguinte ou em algumas horas aquele determinado modelo não será mais encontrado por aquele valor porque já há outro comprador de olho.

Ainda que seja verdade, não vale a pena aceitar a oferta em poucas horas e correr o risco de encontrar um preço melhor em outra loja, ou outro modelo em melhores condições. Dificilmente o vendedor não esperará pelo menos um dia para que você se decida. Esse tempo pode ser muito importante para refletir com mais calma sobre se o negócio é realmente bom.

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