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1. Gastos extravagantes
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1/8 (Divulgação)
São Paulo - De tempos em tempos, notícias sobre os gastos anômalos das celebridades vêm a público. As extravagâncias são divulgadas muitas vezes em tom de fofoca e causam as mais diversas impressões, menos a sensação de que aquilo pode ter alguma relevância. Gastos de 50.000 libras com um labirinto para hamsters, 1 milhão de libras com drogas e um casaco de pele de 150.000 dólares parecem distantes da realidade comum, mas podem ser uma forma divertida de depreender alguns ensinamentos sobre finanças. Clique nas fotos acima e descubra nas excentricidades dos famosos algumas formas de evitar erros que acontecem também com os simples mortais.
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2. Gaiola de hamsters por 50.000 libras
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2/8 (Getty Images)
Aficionado por arquitetura, Brad Pitt gastou com a construção de um labirinto para os hamsters de seus filhos 50.000 libras, segundo o jornal
The Sun. A estrutura, mais cara do que muitas casas de seres humanos, dispõe de um labirinto de túneis, gangorras e plataformas. Há duas questões úteis a se ponderar nesta extravagância do ator. A primeira é que diante do patrimônio dele, talvez a gaiolinha não comprometa de forma alguma seu orçamento e seja algo que realmente faça sentido para ele, já que o presentinho fez a alegria da família. Por outro lado, não deixa de ser um gasto de 50.000 libras com uma gaiola e, por mais dinheiro que alguém tenha, um dia a riqueza pode acabar. É pouco provável que Brad Pitt tenha se arrependido da compra e a intenção não é julgar a decisão do ator, mas apenas provocar uma reflexão sobre a forma como usamos o dinheiro. Por mais absurda que seja, uma compra vale a pena se for útil sob a perspectiva de quem comprou. E, um gasto que parece sensato para quem vê de fora, pode se revelar bastante inútil para quem compra. Conclusão: a relação com o dinheiro é algo muito pessoal, por isso é sempre importante que as finanças sejam controladas também pessoalmente. Mesmo em um casamento, ainda que as contas sejam divididas, cada um tem seus próprios objetivos financeiros, e deixando tudo na mão do parceiro, a concretização das metas pode ser muito mais difícil. Mantenha apenas em mente que uma boa forma de mensurar se uma compra é inútil ou não
é avaliar se a felicidade gerada por ela será duradoura ou passageira.
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3. Michael Jackson gastou mais do que ganhava
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3/8 (Getty Images)
As finanças de Michael Jackson refletem bastante sua trajetória de vida, que foi marcada pela dicotomia entre momentos ilustres e catastróficos. Uma das grandes sacadas do cantor foi a compra de direitos autorais de uma série de cantores e bandas, entre os quais se destacam “simplesmente” centenas de canções dos Beatles, títulos de Bob Dylan, Elvis Presley e outros. Segundo a revista
Forbes, o astro do pop gastou 47,5 milhões de dólares em 1985 para comprar um catálogo que incluía 250 canções dos Beatles. Dez anos depois, a Sony pagou 90 milhões de dólares para ter metade dos direitos, formando uma joint venture chamada Sony/ATV. Hoje, o valor estimado do catálogo de canções de Michael Jackson, segundo a publicação, é de aproximadamente 1,5 bilhão de dólares e o valor arrecadado com os direitos estaria entre 50 e 100 millhões de dólares por ano. No entanto, no ano em que ele faleceu, em 2009, foi noticiado que as dívidas do cantor chegavam a 400 milhões de dólares. E alguns dos principais motivos foram os gastos excessivos e os processos movidos contra ele, em especial com o julgamento no qual ele foi acusado de pedofilia, que lhe rendeu despesas que superavam em cerca de 30 milhões de dólares o que ele arrecadava anualmente. Outra extravagância do cantor, o rancho de Neverland, que além de uma mansão contém um parque de diversões e um zoológico, teve que ser vendido para quitação de algumas de suas dívidas milionárias. Não há um consenso, mas as sondagens indicam que a propriedade foi vendida por 23 milhões de dólares. Moral da história: nenhum valor no mundo é suficiente para que o dinheiro seja tratado com desleixo. Como diz o velho ditado: "O dinheiro não leva desaforo". "Às vezes a pessoa tem tanto dinheiro que acha que não vai acabar nunca. Essas pessoas acabam tendo visão distorcida do próprio potencial da carreira”, comenta André Massaro, especialista em finanças e economista da MoneyFit.
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4. Sarah Ferguson: recusa em reduzir o padrão de vida
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4/8 (Getty Images)
Depois de se divorciar do príncipe Andrew, Sarah Ferguson, a duquesa de York, passou a receber uma pensão no valor de 24.000 libras por ano, mas não conseguiu adaptar seu estilo de vida à nova condição financeira. A necessidade de manter o padrão era tanta que ela preferiu "vender" sua dignidade a reduzir os gastos. Em 2010, ela foi flagrada em um vídeo tentando vender por 500.000 libras a um jornalista do tabloide News of the World um encontro entre ele e o príncipe Andrew, com quem ela continuava mantendo contato. Passar por uma situação de fracasso não é nada agradável e por isso muitos evitam fazer um planejamento para uma situação dessas. “No momento que a pessoa começa a ganhar dinheiro, não passa pela cabeça dela que possa passar por dificuldades. Ninguém entra em casamento imaginando que vai acabar e são raríssimas pessoas que têm investimentos no longo prazo”, diz André Massaro. Pensar sobre o pior que pode acontecer é a melhor forma de evitar situações de crise e a única forma de passar por elas sem muitos prejuízos. Prepare-se para o pior: faça seu planejamento sucessório, seguros, planejamento de divisão de bens em caso de divórcio, entre outras medidas preventivas. E, ao passar por dificuldades financeiras, é preciso aceitar que ou o nível de vida deve se adaptar à nova condição de renda, ou que é hora de buscar novas fontes de rendimentos.
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5. Aretha Franklin: casaco de pele de 150.000 dólares
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5/8 (Cynthia Johnson/Getty Images)
Em 1993, Aretha Franklin, ícone do Soul, se apresentou durante a cerimônia de posse de Bill Clinton com um casaco de pele (foto) que custou nada menos que 150.000 dólares. O modelito da cantora atraiu uma infinidade de críticas na época, e o seu assessor a defendeu dizendo que ela costumava sentir muito frio nos palcos. Ainda que a cantora de "I Say a Little Prayer" e "Respect" realmente seja muito "friorenta" e tenha se sentido bastante confortável com seu suntuoso casaco, sem dúvidas o gasto lhe trouxe muitas dores de cabeça. O exemplo pode ser relacionado a uma das principais recomendações dos consultores financeiros: os gastos devem ser conscientes. E gastar conscientemente consiste basicamente em separar o que é supérfluo do que pode ser um investimento. Até mesmo uma roupa pode ser um investimento. Se ela couber no orçamento e não causar remorsos, ela pode ajudar a aumentar a autoestima do comprador, o que pode levá-lo até mesmo a um desempenho melhor no trabalho. Para não ter erro, uma boa dica é não fazer a compra imediatamente e esperar algumas horas ou dias para avaliar se o gasto continua em mente e é importante, ou se o desejo era apenas um impulso. O especialista em finanças pessoais André Massaro sugere também que gastos inteligentes são aqueles que aumentam a capacidade de ganhar. “Muitas vezes, mais importante do que investir dinheiro, é investir na capacidade de ganhar dinheiro. Todos estão sujeitos a ter prejuízos, mas se foi feito um investimento em conhecimento, por exemplo, a pessoa investiu em elementos para recomeçar”, diz.
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6. Nicolas Cage: colecionador de casas e dívidas milionárias
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6/8 (Getty Images)
O ator Nicolas Cage tem o costume, nada aplicável aos reles mortais, de colecionar casas. Em 2009, o ator tinha mais de uma dúzia de mansões. Além das casas, Cage gastava quantias absurdas com motos, um jato, iates, carros antigos e novos, relógios caros e até mesmo meteoritos e crânios de dinossauros. Toda a gastança, adicionada a uma dose de displicência, levou o ator a contrair dívidas particulares de 6,7 milhões de dólares, além de uma dívida de 14 milhões de dólares em impostos. Para saldar as dívidas, o ator teve que se desfazer de algumas de suas propriedades. Em 2011, ele vendeu sua mansão em Middletown, Rhode Island, por US$ 6,2 milhões, menos da metade do que ele pagou pela propriedade em 2007, por US$ 15,7 milhões. E em 2010, vendeu por 10,5 milhões de dólares a mansão em Bel Air que ele havia colocado à venda anos antes por 35 milhões de dólares. Não é preciso chegar a ter gastos excessivos para contrair dívidas. Uma pequena distração pode ter consequências desastrosas. Isto porque as taxas de juros de dívidas podem ser altíssimas e um pequeno gasto pode se tornar impagável. Em caso de endividamento, recomenda-se que seja feita uma lista para verificar quais dívidas têm maiores taxas de juros e devem ser quitadas prioritariamente. Depois, deve-se avaliar formas possíveis de se fazer uma renegociação. Segundo a Proteste – Associação de Consumidores, as taxas de juros anuais do crédito rotativo podem chegar anualmente a até 621,38% em cartões de supermercados e a 549% em cartões de postos de combustível. E de acordo com a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), a taxa média do rotativo do cartão de crédito é de 238,3% ao ano. Se estas dívidas forem refinanciadas pelo crédito consignado (cujas parcelas são descontadas da folha de pagamento), por exemplo, pode haver uma grande economia, já que as taxas custam em média 1,93% ao mês (23,16% ao ano), segundo o Banco Central.
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7. Amy Winehouse: 1 milhão de libras em drogas
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7/8 (Toby Melville/Reuters)
Entre as extravagâncias da cantora britânica se destacam as volumosas doações a amigos e os altos gastos com bebidas e drogas em saídas e viagens. Segundo reportagem do jornal
Daily Mail, em uma viagem a Santa Lucia, no Caribe, que durou cinco meses, em 2009, a cantora gastou nada menos que 2.000 libras por noite no luxuoso resort Le Sport e a conta final do hotel chegou a mais do que 500.000 libras. Além disso, entre 2006 e 2008, estima-se que a cantora tenha gasto 1 milhão de libras ou mais com drogas. Em 2009, os pais da cantora passaram a administrar sua fortuna, mas ao que tudo indica, sem muita parcimônia. Fontes próximas à cantora dizem que o pai não negava dinheiro para as regalias da filha. Certa vez, ele lhe deu um envelope com 2.000 libras, que ela pediu simplesmente para dar a um amigo que estava com hérnia. E a paixão por doar dinheiro aos amigos chegou ao ponto de a cantora doar 130.000 libras ao amigo Alex Foden para financiar sua reabilitação. Estima-se que a cantora tenha deixado 3,5 milhões de libras de herança, após sua morte, em julho de 2011. A quantia pode ser considerada volumosa, mas modesta, se considerado que a fortuna da cantora chegou a ser avaliada em 10 milhões de libras em 2008, de acordo com a lista de fortuna dos músicos do jornal Sunday Times. O especialista em finanças pessoais André Massaro comenta que é muito comum que celebridades e jogadores de futebol não se preocupem em administrar suas finanças. “Um erro clássico que estes artistas fazem é confiar nas pessoas erradas, eles procuram alguém para administrar o dinheiro deles e acabam contando com pessoas desqualificadas”, diz. A questão porém não é restrita aos artistas. Muitos acabam confiando em conselhos de pessoas próximas e não tomam as próprias decisões. Por mais confiável que seja um parente, ele pode não ter conhecimento suficiente para indicar um investimento. A melhor forma de guiar os investimentos é observar os objetivos pessoais a curto, médio e longo prazo e para alguém de fora estes objetivos podem não ficar tão claros, resultando em uma administração do dinheiro que não corresponde às intenções da própria pessoa.
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8. Britney Spears
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8/8 (Getty Images)
Depois de um divórcio problemático em 2007, parte de uma declaração de renda da cantora Britney Spears foi revelada e foi divulgado que sua renda mensal era de 730.000 dólares. O que impressionou é que ela só arrecadava 13.000 dólares mensais com investimentos e seus gastos incluiriam 102.000 dólares em entretenimento, presentes e férias e 16.000 dólares em roupas. Também em 2007, Britney comprou uma mansão em Beverly Hills por um capricho e simplesmente não frequentou a casa durante anos. Apenas há alguns meses, a cantora resolveu vender o imóvel, e sites americanos mostram que ela aceitou uma proposta de 4,2 milhões de dólares pela casa. Além de ter deixado o imóvel "ao léu", o prejúizo não será pequeno, uma vez que a cantora venderá a casa por muito menos do que os 6,8 milhões de dólares que pagou na compra. Talvez agora a situação esteja diferente, já que Britney perdeu o direito de administrar seu próprio dinheiro em fevereiro de 2008, após as diversas internações em clínicas de reabilitação. Desde então, é seu pai quem responde por ela judicialmente. A displicência ou ignorância sobre o modo de administrar as finanças é um mal que afeta não só artistas, como profissionais de todos os ramos, que concentram todas as atenções na ocupação principal e esquecem de pensar nos investimentos. Por conta disso, existem hoje dois
serviços de consultoria financeira específicos para milionários: o private bank, para clientes que possuem patrimônio acima de um milhão de reais e o Family office, para clientes que possuem de 5 a 10 milhões de reais. Ambas as consultorias têm como objetivo fazer um plano de perpetuação do patrimônio e de transição para as novas gerações, orientando os clientes sobre as questões familiares, societárias ou tributárias que estão envolvidas no processo.