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6 erros na hora de comprar um carro

A maioria das pessoas se deixa levar pela emoção na hora de adquirir um automóvel. Tal atitude pode acabar custando caro para o bolso do consumidor

Antes sair a procura de um novo carro, consumidor deve saber o que quer e quanto está diposto a desembolsar (Marco de Bari/Quatro Rodas)

Antes sair a procura de um novo carro, consumidor deve saber o que quer e quanto está diposto a desembolsar (Marco de Bari/Quatro Rodas)

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 27 de março de 2011 às 07h00.

São Paulo - A compra de um carro é sempre um momento de tensão e animação. Para o especialista em finanças pessoais do site Bankrate.com, Terry Jackson, no momento em que uma pessoa é acometida pela vontade de trocar de carro, o melhor é pesquisar, pesquisar e pesquisar um pouco mais. Saber qual é a real necessidade do automóvel e quanto é possível pagar, seja à vista ou a prazo, são imprescindíveis para evitar que, o que deveria ser um prazer vire, no futuro, uma dor de cabeça. Abaixo, Jackson lista os seis equívocos mais comuns cometidos na hora da compra de um novo automóvel.</p>

1 - Não considerar o valor total da compra

Quando se pensa no quanto se quer gastar em um carro, muitas pessoas consideram o preço final da negociação com o vendedor como sendo o que será de fato pago. Nesse caso, muita atenção. Isso porquê, muitas vezes, o valor ofertado pelo vendedor ainda não inclui impostos e taxas que devem ser pagas ao governo, por exemplo, pela aquisição do carro. No Brasil, será necessário desembolsar o valor do IPVA proporcional aos meses que ainda restam do ano - a não ser quando a concessionária faz promoções e arca ela mesma com essa despesa. Também é necessário pagar pela documentação do veículo. Outra decisão inteligente é contratar um seguro. Em geral, a apólice só começa a valer a partir do momento em que ao menos a primeira parcela é paga.

2 – Não dar uma entrada suficiente

A maior reclamação de quem compra um automóvel financiado é quanto tempo ainda resta para quitar todo o valor. De acordo com Jackson, foi-se o tempo no qual era possível dar 10% ou 20% de entrada para só depois pagar todas as parcelas do saldo devedor. Há poucos meses, o Banco Central anunciou medidas que encareceram demais a concessão de crédito de longo prazo para a compra de veículos. O conselho, portanto, é juntar mais dinheiro e pagar a maior parte do veículo à vista.


3 – Baixar a guarda

A maioria dos compradores relaxa no momento em que se depara com um vendedor simpático e uma boa proposta. No entanto, alerta Jackson, é preciso atentar que a concessionária ganha mesmo é na hora de negociar as parcelas ou ao empurrar caríssimas garantias estendidas. A dica é que o consumidor continue pechinchando com o estabelecimento mesmo depois que o preço inicial esteja fixado.

4 – Tomar decisões intempestivas

Apesar das despesas envolvidas na aquisição de um automóvel, muitas pessoas querem acabar logo com o processo. E aí, acabam por se deixar levar pela emoção ou caindo no papo do vendedor, que, acaba convencendo o consumidor que a proposta é única e tem prazo para expiração. Jackson, neste caso, é categórico: não acredite em nenhum dos dois casos. A proposta estará lá amanhã e é possível que esteja ainda melhor, uma vez que o vendedor perceba que você está na batalha por um bom preço. Esfrie a cabeça e depois analise, quantas vezes achar necessário, o que lhe foi oferecido, de preferência em um ambiente calmo e livre de pressões externas.

5 – Não saber o que quer

Pode parecer difícil de acreditar, mas pesquisas indicam que a maioria dos consumidores começa a procurar por um novo automóvel sem ter a menor noção do que quer ou do que é necessário. A falta de uma ideia ou objetivo estabelecido na hora da compra acaba por colocar o consumidor na palma da mão do vendedor. Neste caso, é bem provável que o vendedor convença o consumidor a aceitar a melhor oferta para a concessionária e aquele carro que gera a maior comissão - e não para o que é mais interessante para o futuro proprietário.

6 – Focar apenas no pagamento da vez

Mesmo que o orçamento permita que gaste até 500 reais em parcelas mensais por um carro, não se deve ter esse valor em mente quando se começa a pesquisar ofertas. O problema, explica Jackson, é que, dificilmente uma pessoa consegue se manter imparcial diante da vontade de expressar ao vendedor que este é o valor máximo que está disposto a pagar nas parcelas. E então, como um passe de mágica, o vendedor lembra daquele carro ou tem uma ótima ideia de proposta que vai caber exatamente no orçamento do comprador. Perdido no meio das possibilidades oferecidas pela concessionária, o consumidor pode esquecer de considerar os termos do contrato e o valor real do que está comprando.

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