São Paulo - Você não está aproveitando todos os benefícios oferecidos pelo programa de fidelidade do seu cartão de crédito? Ou está perdendo dinheiro ao pagar anuidades altas sem, no entanto, conseguir desfrutar dos prêmios?
Buscar o programa mais adequado ao perfil de consumo, ler o regulamento e monitorar a pontuação acumulada são dicas simples, mas que podem fazer toda a diferença para quem quer aproveitar os benefícios associados às compras realizadas no plástico.
Os programas de recompensas costumam premiar o consumidor com eletrodomésticos, viagens e descontos em hotéis e restaurantes, entre outros produtos e serviços. Geralmente, o valor do prêmio é proporcional ao valor gasto em compras no plástico: cada dólar gasto no cartão de crédito permite acumular um ponto no programa de fidelidade ligado ao meio de pagamento.
Veja a seguir algumas dicas para você deixar de ignorar os benefícios que podem ser obtidos no programa de fidelidade do cartão de crédito:
1) Verifique se o programa é adequado ao seu perfil
Para ampliar o uso dos benefícios do programa de recompensas, é necessário, primeiramente, verificar se ele é adequado à forma como você gasta o dinheiro. Do que adianta o cartão oferecer vantagens em programas de milhagem das companhias aéreas se você não viaja com frequência, por exemplo?
Um simulador disponível no site da associação de consumidores Proteste pode auxiliar na escolha do cartão mais adequado conforme os benefícios oferecidos (veja quais são os melhores e piores cartões para acumular pontos).
2) Leia o contrato
Todo programa de fidelidade tem diversas restrições sobre as quais os usuários devem estar conscientes.
Alguns, por exemplo, podem limitar a utilização de pontos periodicamente, enquanto outros podem também exigir um valor mínimo para realizar a transferência dos pontos para programas de milhagem, por exemplo, diz Maria Inês Dolci, diretora da Proteste.
Ao ler o regulamento, é possível comparar diferentes programas e observar quais podem trazer mais vantagens.
3) Monitore os pontos acumulados
Não basta apenas acompanhar quando os pontos acumulados no programa de recompensas do cartão irão expirar. É necessário verificar se alguma regra para o acúmulo de pontos foi alterada ou se os prêmios foram modificados.
Maria Inês, da Proteste, recomenda que a checagem seja feita de forma frequente. "É comum verificarmos em contratos a possibilidade de alteração das regras do programa a qualquer momento".
Para auxiliar nessa tarefa, o aplicativo gratuito Oktoplus, disponível para celulares com sistema iOS e Android, alerta sobre a expiração de pontos com 60 dias de antecedência.
4) Verifique se a taxa de anuidade compensa
Alguns cartões de crédito, principalmente aqueles que são voltados a clientes de alta renda, oferecem pontuações altas nos seus programas de fidelidade. No entanto, em contrapartida, cobram taxa de anuidade mais cara.
Ainda que o benefício pareça claro, é necessário verificar se o valor que poderá ser obtido na forma de prêmios compensa esse custo adicional, principalmente se as regras para utilização dos pontos forem restritivas.
5) Use o cartão com responsabilidade
Acumular pontos no programa de fidelidade não deve ser o principal objetivo para utilizar o cartão de crédito. Planejar e manter as contas em ordem deve ser a maior prioridade ao realizar compras no plástico.
Ao realizar compras desnecessárias apenas para usufruir de prêmios, o risco de descontrole financeiro aumenta, e o usuário pode acabar tendo de pagar juros altos para quitar o débito, que não compensam eventuais benefícios obtidos.
6) Não esqueça de utilizar outros benefícios oferecidos pelo cartão
Alguns cartões oferecem diversos tipos de proteção, como seguro de vida e seguro viagem que, assim como os benefícios oferecidos por programas de fidelidade, também devem ser considerados na escolha do plástico.
Mas antes de olhar qualquer benefício, o mais importante deve ser o valor de tarifas e taxas de juros cobradas pela instituição financeira pelo uso do plástico. São esses custos que irão determinar se o cartão de crédito realmente é vantajoso e oferece mais benefícios que despesas.
O comparador de cartões da Foregon, hospedado em EXAME.com, pode facilitar a pesquisa. Ele mostra as anuidades cobradas em diferentes cartões e os benefícios oferecidos.
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1. Para voar mais longe
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1/11 (travnikovstudio/Thinkstock)
São Paulo - A quantidade média necessária de
milhas para resgatar um bilhete de ida e volta para os Estados Unidos é de 56.524, quase metade da pontuação exigida caso o destino seja a Europa (101.620). Para viajar para a América do Sul, exigem-se em média 23.684 milhas por uma passagem de ida e volta. As informações fazem parte de um levantamento feito pelo site
Melhores Destinos, especializado em promoções de passagens aéreas, divulgado com exclusividade para EXAME.com. A pesquisa mostra o número médio de milhas exigido em voos realizados para 10 destinos internacionais a partir de 17 cidades brasileiras, nos quatro principais programas de milhagem do país:
TAM Fidelidade, da TAM;
Smiles, da
GOL; Tudo Azul, da
Azul; e Amigo, da
Avianca. Em cada cidade foram simuladas viagens de ida e volta para 10 destinos internacionais: Miami, Orlando e Nova York, nos Estados Unidos; Madri, na Espanha; Milão e Roma, na Itália; Londres, na Inglaterra; Paris, na França; Buenos Aires, na Argentina; e Santiago, no Chile. As simulações da pontuação necessária para voos de ida e volta para cada destino internacional foram feitas a partir das cidades de Belo Horizonte, Campinas, Rio de Janeiro, São Paulo, Vitória, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Brasília, Cuiabá, Goiânia, Belém, Manaus, Fortaleza, Natal, Recife e Salvador. Para realizar a comparação, foram pesquisados voos diretos ou com escalas e conexões com intervalo máximo de cinco horas de duração. Voos com conexões mais longas somente foram considerados quando eram a única opção disponível durante o período. (
veja mais detalhes sobre a metodologia da pesquisa).
Escolha exige pesquisa A lista serve apenas como uma referência. Como a quantidade de milhas exigidas para resgate de passagens aéreas em cada programa pode variar a qualquer momento, é recomendável monitorar a pontuação necessária para resgatar bilhetes nos trechos e datas desejados. Nos regulamentos dos programas, está previsto apenas um número mínimo e máximo de milhas que podem ser cobrados em voos próprios de cada companhia para o exterior, com exceção da GOL, que prevê apenas uma pontuação mínima que pode ser cobrada para cada destino. Em voos de ida e volta para a América do Sul, a TAM pode cobrar de 14 mil a 100 mil milhas. Para viajar para os Estados Unidos, a pontuação necessária para resgate do bilhete no programa da companhia aérea varia entre 40 mil e 230 mil. O programa de fidelidade cobra entre 60 mil e 260 mil milhas para viagens de ida e volta para a Europa. Na GOL, a pontuação mínima cobrada para voos de ida e volta para a América do Sul é de 12 mil milhas. Se o destino for uma cidade dos Estados Unidos, a GOL cobra, no mínimo, 70 mil milhas. Para viajar para os Estados Unidos, a Azul exige de 30 mil a 140 mil milhas. Em voos para destinos da América do Sul, a Avianca exige de 20 mil a 100 mil milhas. Se o voo for realizado em companhias aéreas parceiras de cada programa, cada empresa estabelece uma quantidade mínima e máxima de milhas que pode ser cobrada em cada trecho ou exige apenas uma pontuação única e fixa. A exceção é o TudoAzul, no qual cada milha pontuada no programa é convertida em crédito no site ViajaNet para compra de passagens em empresas parceiras. Veja, nas tabelas a seguir, o resultado completo do levantamento. Voos com escalas e conexões de mais de cinco horas de duração estão marcados com um asterisco. O levantamento considerou voos das companhias aéreas responsáveis por cada programa e também de parceiras. Como a Azul não tem voos diretos entre Brasil e Miami, a simulação da pontuação exigida para viajar para a cidade americana considerou voos para Fort Lauderdale, localizada a 40 quilômetros da cidade.
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2. Miami
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O TudoAzul exigiu menor pontuação para resgate de bilhetes para o destino em 14 cidades. Apenas em Manaus a TAM Fidelidade foi a melhor opção, enquanto em Goiânia e Vitória o Smiles cobrou menos para resgate dos bilhetes.
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3. Orlando
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O Smiles foi a melhor opção em voos partindo de todas as cidades ao oferecer o resgate de bilhetes de ida e volta para a cidade americana por 40 mil pontos.
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4. Nova York
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A TAM exigiu menos milhas para viajar para a cidade americana em 16 cidades, além de ter sido a única empresa a voar para o destino em todas as cidades pesquisadas. No TudoAzul, foi possível viajar para a cidade a partir de São Paulo por 45 mil pontos.
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5. Madri
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Os programas de milhagem que exigiram a menor pontuação para viajar para a capital espanhola foi o Smiles, em voos a partir das cidades da região Sul e Sudeste, e TudoAzul, para viajantes localizados nas cidades das regiões Norte e Nordeste.
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6. Milão e Roma
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O Smiles ofereceu a opção mais econômica em todos os trechos ao cobrar de 70 mil a 100 mil milhas para resgate de bilhetes.
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7. Londres
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A TAM cobrou menos milhas por passagens de ida e volta para a cidade em 15 cidades pesquisadas, com exceção de Rio de Janeiro e de Fortaleza.
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8. Paris
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O programa da TAM foi a opção mais econômica para voar com milhas para a capital francesa em quase todos os trechos, com exceção de Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Fortaleza e Natal.
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9. Buenos Aires
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O Smiles exigiu menos milhas para viajar para a capital argentina para viajantes de cidades das regiões Sul e do Sudeste. Já o TAM Fidelidade venceu a disputa nas cidades do Centro Oeste, Norte e Nordeste.
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10. Santiago
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10/11 (Reprodução/Melhores Destinos)
O Smiles foi a melhor opção para quem sai das regiões Sul e Centro Oeste, além do Rio de Janeiro e São Paulo. O programa de milhagem da TAM exige menor pontuação para resgate dos bilhetes, caso o viajante esteja localizado nas regiões Norte ou Nordeste ou nas cidades de Belo Horizonte e Vitória.
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11. Agora veja quantas milhas são necessárias para voar entre 15 cidades brasileiras
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