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5 metas para fazer de 2016 um ano fantástico financeiramente

Confira cinco resoluções de Ano Novo para alcançar o sucesso financeiro em 2016

De braços abertos: Planejamento é a chave para alcançar o sucesso financeiro em 2016 (Thinkstock/Delpixart)

De braços abertos: Planejamento é a chave para alcançar o sucesso financeiro em 2016 (Thinkstock/Delpixart)

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Da Redação

Publicado em 30 de dezembro de 2015 às 15h20.

São Paulo – Mesmo com todo o pessimismo em relação à economia, com um pouco de organização é possível encerrar 2016 em melhor situação financeira do que em 2015. Basta colocar algumas metas financeiras no seu radar desde já e se planejar para realizá-las.

Antes de ir às resoluções propriamente ditas, vale citar algumas dicas que podem ser úteis para cumprir diferentes tipos de metas.

Em primeiro lugar, reflita sobre sua vida financeira em 2015. Isso te ajudará a identificar quais acertos devem ser mantidos em 2016 e, principalmente, quais foram seus erros - como, por exemplo, se suas contas atrasaram, se você gastou mais do que podia e se contraiu dívidas desnecessárias. Ao avaliar o que não foi bom em 2015 você estará melhor preparado para não repetir a dose em 2016.

Evite também se comprometer com mais metas do que você pode cumprir. É preferível escolher algumas poucas metas que serão viáveis. Em seguida, elabore um passo a passo para executá-las em vez de tentar resolver tudo de uma vez. Ao dividir o plano em pequenas tarefas sua realização fica mais fácil e você não corre o risco de desistir antes mesmo de começar.

Veja a seguir cinco metas para ter um 2016 financeiramente fantástico.

1) Eliminar dívidas

Se você não possui nenhuma dívida, parabéns! Pode pular direto para o próximo tópico. Mas, se você faz parte da triste estatística que mostra que mais de 60% das famílias brasileiras estão endividadas, eliminar esses débitos deve ser sua prioridade financeira para 2016.

O primeiro passo é conhecer seus números. Coloque em uma planilha todas as suas despesas e receitas. Só assim você saberá exatamente para onde seu dinheiro está indo e como você pode ajustar seu orçamento para comportar o pagamento dos débitos.

O segundo passo é entender os motivos que te levam a gastar. Às vezes, controlar as finanças não é uma questão matemática, mas psicológica. Analise se você tem gastado além do que deveria para compensar alguma frustração, assim você pode perceber que o problema está no seu trabalho ou no seu relacionamento e gastar seu dinheiro não irá resolver a questão.

Em seguida, separe os débitos por prioridade. Pense primeiro em quais dívidas são mais urgentes e podem levar à perda de bens, ou corte de serviços e veja quais delas têm juros mais elevados. Para saber melhor como priorizá-las, veja as punições aplicadas em cada caso.

Por fim, parta para a eliminação da dívida de fato. Antes de negociar com o credor, reflita qual é o valor que você pode se comprometer a pagar. Além de fazer um acordo baseado no que você realmente pode pagar, sem criar uma nova dívida impagável, ao negociar com calma e conhecendo seus limites, o devedor fica menos vulnerável a eventuais abusos por parte dos credores.

Veja mais dicas sobre o que fazer se você não consegue pagar suas contas.

E confira como se livrar das dívidas em cinco passos.

2) Ser mais organizado financeiramente

A organização é a base para realizar qualquer projeto financeiro que você tenha em mente, do mais simples ao mais complexo. Para cumprir esta meta, você pode começar pela elaboração de um orçamento pessoal.

Existem diversas opções de planilhas e aplicativos que podem te ajudar nessa tarefa, mas o essencial é que o orçamento evidencie: qual é o seu salário líquido - o valor que de fato cai na sua conta depois dos descontos; suas despesas fixas; as despesas variáveis, incluindo os pequenos gastos; e suas dívidas, como os financiamentos e faturas do cartão de crédito.

Ao colocar na ponta do lápis suas receitas, despesas e até mesmo os pequenos gastos, como o cafézinho de toda manhã, você terá mais clareza sobre o que está desequilibrando seu orçamento e, em vez de simplesmente colocar a culpa no pobre cafézinho, ou na cervejinha do final de semana, você pode decidir quais cortes fazem mais sentido para você e de quais gastos você não abre mão. 

Aproveite para refletir sobre gastos desnecessários, como serviços que você paga e não usa (veja 10 coisas pelas quais você pode estar pagando caro demais) e, caso os pequenos gastos não sejam o problema, veja se o buraco é mais fundo e se seria o caso de atacar os gastos mais pesados do orçamento.

Para cumprir a meta de organização financeira, tente organizar sua vida de modo geral. Em matéria anteriormente publicada por EXAME.com, a empresa Seja Personal Organizer, especializada em organização pessoal, mostrou que uma vida mais organizada pode gerar reduções de até 30% nos gastos mensais.

Segundo a empresa, tudo que possuímos precisa ser administrado, desde uma fronha de travesseiro até um imóvel. Se você tem um guarda-roupas lotado, portanto, você precisará de mais tempo para administrá-lo e tempo é dinheiro. Ao organizar o armário, é possível separar peças que precisam de reparo e perceber que, se você tem roupas sem uso, provavelmente você tem feito compras desnecessárias. 

3) Criar uma reserva de emergência

Um dos primeiros passos de qualquer planejamento financeiro é a formação de uma reserva de emergência, que nada mais é do que uma poupança formada para contornar eventuais imprevistos como a perda de emprego, um problema de família ou gastos com emergências médicas.

Caso você não tenha dinheiro guardado, imprevistos como esses podem não só te levar a contrair dívidas, como, no limite, podem obrigá-lo a se desfazer de parte do seu patrimônio para fazer frente às despesas.

Alguns especialistas dizem que a reserva de emergência deve equivaler a pelo menos seis meses de despesas, outros um pouco mais. No entanto, com o mercado de trabalho desaquecido, talvez o ideal seja manter uma reserva capaz de sustentar seus gastos por um período de um ano.

Para tirar a dúvida, vale checar qual é o tempo médio de recolocação na sua área e, na falta de pesquisas que mostrem isso, investigue com pessoas conhecidas, como seus colegas, o tempo que profissionais da sua área demoraram para encontrar um novo emprego.

Como a reserva é formada justamente para ser usada diante de emergências, é importante que os valores sejam investidos em aplicações que permitem o resgate do dinheiro a qualquer momento (investimentos com alta liquidez, como se diz no jargão do mercado) e que tenham baixíssimo risco, já que o seu objetivo é ter uma poupança segura e não buscar retornos agressivos.

Veja onde investir o valor destinado à sua reserva de emergência.

4) Contribuir ao plano de previdência da sua empresa ou iniciar um investimento para a aposentadoria

Os planos de previdência oferecidos pelas empresas costumam ser extremamente vantajosos e são uma das melhores opções de investimento para a aposentadoria. Mas, por falta de conhecimento, nem sempre os funcionários tiram o melhor proveito desse benefício.

A principal vantagem dos fundos de pensão, como são chamados os fundos de previdência fechados para funcionários, é a contribuição que a empresa faz ao plano, muitas vezes equivalente ao aporte feito pelo funcionário.

Se quando o empregado investe 100 reais a empresa contribui com outros 100 reais é como se existisse uma rentabilidade de 100% sobre o valor aplicado, um rendimento muito superior à Selic atual, de 14,25% ao ano, que serve como referência para os rendimentos de investimentos de renda fixa. Veja mais detalhes sobre as vantagens dos planos de previdência oferecidos pelas empresas.

Caso sua empresa não tenha um fundo de pensão, existem diversas opções de investimento no mercado que são adequadas para o objetivo de acumular renda para a aposentadoria. Um planejador financeiro pode te ajudar na tarefa de escolher a melhor aplicação e indicar o valor que você deve investir mensalmente de acordo com o seu perfil de risco e a renda que você pretende ter ao se aposentar.

Um investimento que tem sido muito indicado é o Tesouro IPCA, título público vendido pelo Tesouro Direto que paga ao investidor uma taxa de juros mais a variação da inflação, medida pelo IPCA. Como no longo prazo a inflação pode ter efeitos devastadores, é crucial que o investimento para a aposentadoria cubra o aumento dos preços.

Esse título tem sido mais indicado por consultores do que os planos de previdência privada porque esses planos, na realidade, investem justamente no Tesouro IPCA e cobram taxas de administração caras por isso. Assim, ao aplicar em previdência, é como se o investidor pagasse caro para investir em um título que ele poderia comprar diretamente, sem a cobrança de altas taxas (veja as taxas cobradas para investir no Tesouro).

5) Começar a investir mensalmente, mesmo que seja apenas 1% da renda

Como as metas anteriores já podem comprometer boa parte dos seus recursos, dependendo da sua situação financeira, investir para outros objetivos pode ficar no segundo plano.

No entanto, também é muito importante investir com o objetivo de atingir metas no curto e no médio prazo que te tragam prazer, como a realização de uma viagem, a compra de um carro ou de um imóvel. Esses objetivos podem te deixar mais empenhado em guardar dinheiro, já que as recompensas são mais palpáveis e imediatas.

Sendo assim, neste tópico a proposta é que você inicie um investimento visando seus objetivos de curto e médio prazo mesmo que você só consiga aplicar 1% da sua renda inicialmente. Ainda que 1% possa equivaler a um valor pequeno, é o suficiente para te levar a criar o hábito de investir.

A cada mês, você pode passar a aumentar em 1% o percentual de investimento, elevando o percentual para 2%, 3%, 4% e assim por diante, até o limite que você considerar adequado para atingir suas metas.

A despeito do que muitos pensam, existem investimentos diferentes da poupança que aceitam aportes baixíssimos. Os Certificados de Depósitos Bancários (CDB), títulos emitidos por bancos, por exemplo, aceitam, em alguns casos, aportes mínimos de 1 real.

É o caso do CDB do banco Sofisa Direto, que paga 100% da taxa DI (taxa que fica muito próxima a Selic) mesmo para quem investe apenas 1 real. A título de comparação, enquanto a taxa DI rendeu 13,20% nos últimos 12 meses, a poupança rendeu apenas 7,29% no período. Além disso, vale mencionar que o investimento em CDB conta com proteção contra o risco de quebra do banco (veja mais detalhes).

Já os títulos públicos aceitam investimentos a partir de 30 reais e pagam remunerações em linha com a taxa Selic ou até maiores, superando com folga o rendimento da poupança (veja o passo a passo para investir no Tesouro Direto). Os títulos públicos, inclusive, têm sido alguns dos investimentos mais indicados para 2016

Confira esses e outros investimentos simples que rendem mais que a poupança.

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