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4 corretoras indicam aplicações de renda fixa

Queda dos juros vai reduzir o retorno de aplicações de renda fixa; especialistas dão dicas para encontrar os melhores papéis

Quem busca a proteção da renda fixa, deve escolher bem os ativos (Stock Exchange)

Quem busca a proteção da renda fixa, deve escolher bem os ativos (Stock Exchange)

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Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2012 às 13h36.

São Paulo - Embora a maior parte das corretoras e bancos de investimentos aposte que a bolsa baterá a renda fixa neste ano, quando o assunto é dizer se é hora de entrar, a análise vem com muito mais prudência.

Se a bolsa ainda traz riscos, os mais conservadores podem preferir não partir ainda para a pescaria de boas ofertas no mercado acionário e ficar por mais um tempo na segurança da renda fixa. Mas qual são as melhores aplicações para escolher agora?

A rentabilidade da renda fixa está muito ligada aos rumos da economia. Nesse sentido, o investidor deve manter em mente duas coisas antes de escolher suas aplicações neste ano: o cenário é de juros em queda e inflação em alta.

Confira a recomendação de quatro analistas para escolher seus ativos de renda fixa.

A corretora Omar Camargo revisa mensalmente suas indicações de renda fixa. A carteira divulgada em janeiro não sofreu alterações em relação ao portfólio sugerido de dezembro.

A seleção de renda fixa cumpre um importante papel no portfólio geral de investimentos da corretora. Isso porque, para quem vai diversificar, a sugestão é de que 40% dos recursos estejam alocados em renda fixa, o mesmo percentual que renda variável. “Temos um perfil mais conservador, então, mesmo num momento mais propício, não colocamos mais que 50% do patrimônio em renda variável”, explica Eduardo Dias, analista da corretora. Os outros 20% do portfólio estão divididos entre investimentos imobiliários e fundos multimercados.

Dentro da carteira de renda fixa, a sugestão é alocar o maior percentual dos recursos em CDBs. “Sugerimos buscar títulos de bancos de primeira linha, mesmo que o rendimento seja menos vantajoso, pois há mais garantia da instituição”, afirma Dias. Ele sugere que o cliente busque CDBs com rendimento entre 90% e 95% do CDI, taxa que pode ficar maior com um investimento mais parrudo.

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Ativo Percentual
CDB 30%
LFT 25%
LCI 10%
*BNDP-­‐D32 17,5%
*BNDP-­‐D51 17,5%

*Debêntures da BNDESPAR

Para a XP Investimentos, o cenário contrário de 2011 traz um alerta. “É um ano em que o desafio para encontrar boas rentabilidades em renda fixa será maior”, afirma a analista Laura Bartelle. Mas ela garante que o mercado ainda terá bons produtos.

Para quem quer liquidez diária, por exemplo, a sugestão é apostar em CDBs. Para quem pode esperar um pouco mais, a dica é buscar boas taxas em títulos com isenção de imposto de renda, como as LCI (letras de crédito imobiliário).

A XP elabora três carteiras de renda fixa: para o curto, médio e longo prazos. Na de longo prazo, aparece a sugestão de investir em CRIs, produto que ainda exige um investimento alto, pois os lotes mais comuns custam no mínimo 300.000 reais. Para o investidor que não puder aplicar todo valor de uma só vez, a sugestão é buscar títulos com a principal característica do CRI: isenção fiscal.

Curto Prazo (de 1 a 6 meses)
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Ativo Vencimento sugerido Percentual
CDB de 1 a 6 meses 30%
LCI 180 dias 70%

Médio prazo (de 6 meses até 2 anos)
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Ativo Característica Percentual
Debêntures Taxa fixa 30%
Debêntures Atrelada ao IPCA 20%
LCI 95% do CDI 50%

Longo prazo (mais de 2 anos)
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Ativo Característica Percentual
Debêntures Atrelada ao IPCA 50%
*CRI Taxa fixa 50%

*Para investidores com aplicações menores, a sugestão é substituir por títulos isentos de imposto de renda para pessoa física


Para Luiz Pedro Scavone Neto, gerente de investimentos private do Banco Fator, os investimentos em renda fixa renderão menos de uma forma geral, mas ainda continuarão atrativos. “Os fatores que começaram a impulsionar a queda de juros ano passado continuam neste ano”, afirma.

Na distribuição de investimentos, Neto afirma que isso vai depender muito da disposição do investidor em correr risco e da liquidez que ele precisa. A dica é que entre 70% e 75% do patrimônio fique alocado em aplicações pós fixadas e o restante, dividido entre préfixados e títulos atrelados à inflação.

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Ativo Proporção
Remuneração pelo CDI ou pós-fixada 70%-75%
Títulos pré-fixados e atrelados ao IPCA 25%-30%

André Mallet, gerente de renda fixa da UM Investimentos, também destaca uma tendência de maiores apostas em títulos com isenção fiscal para pessoa física. “Esses produtos têm a remuneração atrelada ao CDI ou ao IPCA, então o risco de queda é mais baixo”, afirma.

Ele lembra que alguns dos investimentos disponíveis com essas características são as LCIs, LCA e CRIs. “A maior parte dos CRIs precisam de um investimento mínimo de 300.000 reais, mas hoje já há emissores com distribuições de lotes de 100.000 reais”, diz Mallet, apostando numa maior procura pelo ativo.

A sugestão de Mallet para a diversificação é que o investidor aplique proporcionalmente ao tempo que precisa de liquidez, mas que prefira títulos remunerados pelo CDI ou pelo IPCA.

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