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2 ações de estatais que Luiz Barsi comprou durante a crise

Luiz Barsi, um dos maiores investidores pessoa física da bolsa, afirma que ruídos políticos não atrapalham em sua decisão de investimentos

Luiz Barsi: "ruídos políticos sempre existirão no Brasil" (Germano Luders/EXAME/Exame)

Luiz Barsi: "ruídos políticos sempre existirão no Brasil" (Germano Luders/EXAME/Exame)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 26 de março de 2021 às 08h03.

Para Luiz Barsi, um dos maiores investidores pessoa física do país, a queda da bolsa brasileira representa oportunidade de compra. Em uma live realizada na noite da última quinta-feira, 25, o bilionário revelou as três ações que comprou recentemente.

Duas são de empresas estatais: Banco do Brasil e Eletrobras. Recentemente, as duas companhias tiveram a troca de gestão. Na semana passada, André Brandão, comunicou sua renúncia ao cargo de presidente do BB.

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O executivo estava sob pressão do presidente Jair Bolsonaro desde o início do ano, depois de anunciar um plano de reestruturação que envolvia fechamento de agências e demissão voluntária de funcionários.

Já na última quarta-feira, 24,  o governo indicou Rodrigo Limp Nascimento para ocupar o cargo de presidente da Eletrobras. A estatal estava em busca de um substituto para Wilson Ferreira Junior, que pediu demissão do cargo no final de janeiro após os prometidos planos de privatização não terem saído do papel.

Para Luiz Barsi, a troca de comando das empresas não influencia na sua decisão de investimento que é sempre focada no longo prazo. Ele destaca que os ruídos políticos sempre existirão no Brasil.  “Nós temos que ter consciência que as empresas estatais têm um controlador, que é o Tesouro Nacional, mas nem sempre o controlador é o dono. Vimos isso acontecer com a Petrobras. As interferências políticas nas estatais sempre aconteceram”, disse durante a live do projeto Ações Garantem Futuro no Youtube.

Ele acrescenta que o mercado analisa o perfil do executivo que foi escolhido para ocupar o cargo de presidente da estatal. Segundo Barsi, se o escolhido se mostrar simpático ao mercado, as ações passam a ter uma atratividade maior e com uma expectativa mais favorável. Já se o indicado ao cargo de presidente não tem o aval do mercado, os papéis acabam tendo menos atratividade.

“Não é o presidente indicado ao cargo que irá alterar a dinâmica operacional da companhia. A dinâmica não se altera. A empresa vai continuar gerando resultado e pagando dividendos independentemente da escolha.”

Pagadoras de dividendos

Barsi destacou ainda que tanto a Eletrobras como o Banco do Brasil são duas boas pagadoras de dividendos. No caso da companhia elétrica, o Conselho de Administração irá submeter à Assembleia Geral Ordinária de acionistas a proposta de pagamento de dividendos no valor de 1,507 bilhão de reais, relativos ao exercício de 2020. O valor inclui os dividendos obrigatórios de 25%. Considerando os dividendos pagos em fevereiro de 2021, no montante de 2,3 bilhões de reais, a Eletrobras deve pagar um total de aproximadamente 3,8 bilhões de reais de dividendos até o fim de 2021. Já no caso do BB, a estatal já aprovou o pagamento de juros sobre capital próprio (JCP) no valor de 415,758 milhões de reais relativos ao primeiro trimestre de 2021.

“A Eletrobras distribui dividendos uma vez por ano, enquanto o Banco do Brasil faz pagamento regularmente. Em ambos os casos, elas engordam a carteira de dividendos e servem para o investidor possa reaplicar nessas duas empresas ou em outras que estejam atrativas.”

Outra companhia que Barsi investiu durante os últimos meses foi a Companhia Energética de São Paulo (CESP). O investidor destacou a gestão atual da companhia e os desinvestimentos feitos nos últimos anos, o que segundo ele, tornou novamente a empresa atrativa.

“Hoje, ela distribui dividendos de 2,59 centavos por ação e o papel custa R$ 26 reais, o que representa próximo de 10%, considerando um ano. Mas temos que lembrar que em abril os 2,59 reais virarão ex-dividendos.”

 

 

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