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15 dicas para usar bem o 13º e sobreviver às compras de Natal

Diretor-executivo da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira, elaborou uma lista de 15 sugestões para o dinheiro do 13º

Salário: vontade e do autocontrole do consumidor são essenciais na hora do planejamento financeiro

Salário: vontade e do autocontrole do consumidor são essenciais na hora do planejamento financeiro

Fernando Pivetti

Fernando Pivetti

Publicado em 22 de novembro de 2016 às 12h13.

Todo ano, a chegada do 13º salário traz um alívio para a maioria dos trabalhadores brasileiros, que conseguem colocar em ordem suas contas, ao menos por algum tempo.

Muitos voltam a ficar com a corda no pescoço poucos meses depois, pagando juros altos no cheque especial ou no cartão de crédito.

Para tentar evitar essa novela, reprisada todos os anos, o diretor-executivo da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel José Ribeiro de Oliveira, fez uma lista de 15 sugestões para o dinheiro do 13º.

São coisas simples, que dependem muito da vontade e do autocontrole do consumidor. Confira abaixo:

1) Use o 13º preferencialmente no pagamento de dívidas, principalmente aquelas que embutem encargos maiores como o cartão de crédito rotativo e o cheque especial nos quais a média de juros atinge 15,49% ao mês (463,03% ao ano) e 12,46% ao mês (309,24% ao ano) respectivamente;

2) Aproveite para renegociar e regularizar igualmente suas outras dívidas, lembrando de negociar o estorno dos juros de mora embutidos;

3) Quitadas as dívidas, lembre-se de tentar reservar os valores necessários para as despesas de começo do ano, como IPTU, IPVA, despesas escolares como livros, uniformes e matriculas, além das compras de Natal pagas com cheques pré-datados e cartão de crédito, para evitar entrar novamente no vermelho no começo do próximo ano;

4) Após todas estas regularizações e, sobrando alguns recursos, pode ser interessante antecipar alguns pagamentos de algum financiamento junto a bancos, financeiras ou comércio com taxas mais altas que as que são oferecidas pelas aplicações financeiras.

O artigo 52 do Código de Defesa do Consumidor garante a retirada dos juros embutidos nestes financiamentos para as parcelas que eventualmente tiverem seus pagamentos antecipados total ou parcialmente.

5) Não tendo dívidas ou após a regularização das dívidas existentes e, sobrando algum valor, aplique em um fundo de renda fixa ou na caderneta de poupança;

6) Se for fazer um financiamento, pesquise sempre as taxas de juros e demais acréscimos, pois existem enormes variações nas condições;

7) Evite comprometer demasiadamente seu orçamento com dívidas;

8) Evite empréstimos de longo prazo que, além de representarem custos maiores, comprometem sua renda por longo período;

9) Após regularizar seu cheque especial e cartão de crédito, evite entrar novamente nestas duas modalidades de crédito. Cheque especial não é renda e por isso deve ser usado por período curto e emergencial;

10) Se possível, adie as compras a prazo para juntar o dinheiro e comprar à vista, evitando os juros. Entretanto, caso isso não seja possível, pesquise muito, barganhe e compre nos menores prazos possíveis (quanto menor o prazo menor a incidência de juros).

11) Nunca deixe de pesquisar os preços do produto em diversas lojas concorrentes. Você irá achar uma loja com um valor mais barato, com certeza.

12) Sempre que for adquirir algo, negocie o preço, pechinche. “Mesmo que achar barato”.

13) Antecipe suas compras de Natal. Quanto mais próximo das festas, mais caros os produtos ficarão. Outras compras podem ser feitas em janeiro, quando há “queima de estoques” nas lojas.

14) Não compre produtos recentemente lançados no mercado. Corre-se o risco de pagar caro. Procure comprar o produto na época de oferta maior. A redução do preço pode chegar a até 50%.

15) Produtos que irão sair de linha também não são uma boa opção de compra. Um carro, por exemplo, no momento em que for vendido, terá uma redução significativa do valor.

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