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13º salário: primeira parcela é paga hoje; veja como usar bem o dinheiro

O 13º salário é um direito garantido a todos que trabalharam por pelo menos 15 dias com a carteira assinada ao longo do ano

Pagamento do 13º salário é feito com base no salário de dezembro | Foto: EXAME (EXAME/Exame)

Pagamento do 13º salário é feito com base no salário de dezembro | Foto: EXAME (EXAME/Exame)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 30 de novembro de 2021 às 06h19.

Última atualização em 30 de novembro de 2021 às 07h11.

A primeira parcela do 13º salário será depositada para os trabalhadores assalariados nesta terça-feira, 30. A segunda parcela deve ser paga até o dia 20 de dezembro. Aposentados e pensionistas já receberam as duas parcelas do 13º salário do INSS. A primeira parcela foi paga em maio, enquanto a segunda parte do abono foi depositada a partir de julho. Assim como no ano passado, o pagamento foi antecipado devido à pandemia.

O 13º salário é um direito garantido a todos que trabalharam por pelo menos 15 dias com a carteira assinada ao longo do ano e que não tenham sido demitidos por justa causa.

Os trabalhadores que aderiram ao Benefício Emergencial (BEm) que tiveram redução de salário receberão o 13º salário integral. Quem teve o contrato de trabalho suspenso ganhará proporcionalmente ao número de meses em que trabalhou mais de 15 dias. Dessa forma, caso o empregado tenha trabalhado pelo menos 15 dias em oito meses no ano e ter ficado com o contrato suspenso por quatro meses receberá dois terços do 13º.

Vale destacar que o pagamento do 13º salário é feito com base no salário de dezembro, exceto no caso de empregados que recebem salários variáveis. Nesse caso, o 13º é calculado com base na média anual de salários. Veja como calcular o valor do 13º salário.

As empresas que atrasarem a primeira parcela do 13º salário estão sujeitas ao pagamento de multa e autuação pela Secretaria do Trabalho. Quem não receber a primeira parcela até a data limite deve procurar as Superintendências do Trabalho ou as Gerências do Trabalho para fazer a reclamação. Outra opção é buscar orientação no sindicato de cada categoria.

O que fazer com o dinheiro 

Para aqueles que estão com dívidas, o 13º deve ser usado para realizar o pagamento das contas em atraso. O pagamento de dívidas deve ser prioridade, especialmente aquelas com as taxas de juros mais altas (como cheque especial e rotativo do cartão de crédito). Uma boa oportunidade para limpar o nome é renegociar as dívidas em alguns feirões que estão acontecendo, como Feirão Limpa Nome da Serasa, Mutirão Nacional de Negociação de Dívidas e Orientação Financeira, realizada pela Federação dos Bancos, e até mesmo os feirões dos bancos, como Itaú Unibanco e Bradesco.

Sem dívida

Se a pessoa não tem dívida, o abono pode ser usado para iniciar ou aumentar a reserva de emergência. O ideal é que o trabalhador junte seis meses de salário para usar caso tenha algum imprevisto, como demissão ou caso de doença própria ou na família. Dessa maneira, evita ter que se endividar. O dinheiro pode ser investido em produtos financeiros que possibilitem a possibilidade de sacar quando necessário e sem prejuízo independentemente do momento. Fundos DI e títulos públicos atrelados à taxa básica de juros, a Selic, são investimentos com essas características.

Se o trabalhador não tem dívidas e já tem a reserva de emergência, ele também deve investir o dinheiro.  Vale lembrar que os investimentos têm de ser feitos de acordo com os objetivos, seja para aposentadoria, seja para uma viagem.

Outra maneira de usar o 13º salário de uma maneira inteligente é separar o dinheiro para pagar aquelas contas típicas do início do ano, como IPVA, IPTU, matrícula da escola e lista de material escolar.

Por fim, o trabalhador pode utilizar o dinheiro para comprar algo seja para ele ou para presentear familiares e amigos, mas use o dinheiro de forma consciente. Planeje a compra e pense no longo prazo.

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