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11 corretoras recomendam dividendos para janeiro

Carteiras de boas pagadoras de dividendos tiveram, em geral, desempenho inferior ao Ibovespa em dezembro, mês de otimismo na Bolsa


	Telefônica foi a ação mais recomendada, por nove corretoras
 (Lia Lubambo / Exame)

Telefônica foi a ação mais recomendada, por nove corretoras (Lia Lubambo / Exame)

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Da Redação

Publicado em 30 de dezembro de 2013 às 09h40.

São Paulo – Em dezembro, o desempenho das carteiras recomendadas de ações que pagam bons dividendos não foi tão brilhante. A maioria das corretoras que divulgou a rentabilidade da carteira do mês teve desempenho inferior ao Ibovespa, que fechou com alta forte, de 6,05%. O maior otimismo na Bolsa costuma fazer com que o desempenho das ações defensivas não seja tão bom.

No ano, algumas carteiras de dividendos conseguiram superar com folga o Ibovespa de 7,40%, enquanto outras viram até desvalorização. Tanto as empresas com ampla participação de mercado como as empresas com demanda estável e com sólida tendência de crescimento costumam ser definidas como empresas boas pagadoras de dividendos, pois, devido a essas características, não têm grande necessidade de reinvestir seu capital e repassam mais lucros aos seus acionistas, pagando mais dividendos que outras empresas mais voláteis da Bolsa.

Por não sofrerem grandes alterações diante de oscilações do mercado, estas empresas costumam se sobressair em momentos de crise. No entanto, quando a Bolsa apresenta melhor desempenho, sua performance não costuma ser muito brilhante. Veja a seguir as recomendações das corretoras para o mês de janeiro:

Ágora Corretora / Bradesco

Em dezembro, a carteira de dividendos da Ágora/Bradesco teve alta de 4,0%. Em 2012, a valorização foi de 20,2%

Não houve alterações na carteira de dividendos para janeiro. Apenas foram revisados os preços-alvo e os yields estimados.

Apesar do aumento de impostos anunciado em 2012, o que pode prejudicar as vendas, os analistas da Ágora acreditam que a Ambev é sólida, que suas marcas são fortes e que o poder de barganha é suficiente para lidar com a questão e com a competitividade. A melhor perspectiva de crescimento econômico para 2013 e a queda dos juros podem beneficiar também a BM&FBovespa.

A Contax é líder no segmento de call center e continua se expandido, inclusive em outros países da América Latina. A Sabesp pode se beneficiar de sua revisão tarifária prevista para o início do ano, além de novas regras para o setor de saneamento. E a Telefônica, além de ser líder do mercado de telefonia móvel, inclusive em qualidade, tem baixa necessidade de investimentos, baixo endividamento e ainda pode se beneficiar de sinergias decorrentes da integração entre Vivo e Telesp.

Ação Código Preço-alvo (dez/2013) Yield estimado (dez/2013)
Ambev AMBV4 R$ 96,40 3,40%
BM&FBovespa BVMF3 R$ 16,00 3,90%
Contax CTAX4 R$ 32,00 6,30%
Sabesp SBSP3 R$ 104,00 3,30%
Telefônica Vivo VIVT4 R$ 55,50 8,50%

Ativa

A carteira defensiva rendeu 9,93% em dezembro e 18,39% em 2012.

A corretora não divulgou comentários sobre a carteira.

Ação Código Preço-alvo Yield estimado
Ambev AMBV4 ND 3,71%
CCR CCRO3 ND 3,90%
Cielo CIEL3 ND 4,86%
Equatorial EQTL3 ND 3,64%

Citi Corretora

A carteira Top Picks Dividendos apresentou alta de 2,1% em dezembro e de 2,9% em 2012.

Papéis incluídos: CPFL. Papéis retirados: Tractebel.

Tractebel foi excluída porque os analistas do Citi acreditam que a transferência da hidrelétrica de Jirau, a ser realizada em 2013, deve reduzir temporariamente a capacidade da companhia de distribuir proventos. Em seu lugar, foi incluída CPFL, que conta com performance operacional superior à média do setor e um dividend yield atrativo, diz o relatório.

Ação Código Preço-alvo (dez/2013) Yield estimado (dez/2013)
Ambev AMBV4 R$ 94,50 2,50%
CCR CCRO3 R$ 20,00 3,20%
CPFL CPFE3 R$ 21,70 6,30%
Ultrapar UGPA3 R$ 46,00 3,10%
Telefônica Vivo VIVT4 R$ 54,00 9,10%

Geral Investimentos

A carteira de dividendos da Geral Investimentos teve alta de 3,09% em dezembro e em 2012 acumula valorização de 25,38%.

Papéis incluídos: Cemig.

Nenhuma ação foi retirada da carteira da Geral para janeiro. Apenas foram acrescentadas as ações da Cemig, após alguns meses sem essa recomendação em função dos efeitos da MP579, que previa a revisão das concessões das empresas de energia. Para os analistas, a estratégia de longo prazo da companhia e sua recusa em renovar as concessões para os ativos de geração criou valor para o acionista. Além disso, os analistas da Geral gostam do dividendo pago recentemente pela Cemig, e esperam bons futuros pagamentos e resultados.

Ação Código Preço-alvo Dividend Yield (dez/2013)
Ambev AMBV4 ND 3,70%
Brasil Insurance BRIN3 ND 5,30%
CCR CCRO3 ND 4,00%
Cemig CMIG4 ND 6,80%
Helbor HBOR3 ND 4,10%
JHSF JHSF3 ND 1,60%
Mahle Metal Leve LEVE3 ND 6,30%
Taesa TAEE11 ND 8,50%
Telefônica Vivo VIVT4 ND 8,00%
Tractebel TBLE3 ND 4,70%

Omar Camargo

Em dezembro, a carteira de dividendos da Omar Camargo registrou valorização de 10,21%, mas fechou o ano com desvalorização de 3,65%.

Papéis incluídos: Oi. Papéis retirados: Coelce.

A Cemig anunciou a distribuição de proventos, e o dividend yield dos dividendos extraordinários e juros sobre capital próprio foi de 14,95%, diz o relatório da corretora. A AES Tietê também anunciou dividendos, com yield de 2,62%. A Coelce foi retirada da carteira após apresentar a maior valorização no mês de dezembro.

Ação Código Preço-alvo Yield estimado
AES Tietê GETI4 ND ND
Cemig CMIG4 ND ND
Comgás CGAS5 ND ND
Oi OIBR4 ND ND
Telefônica Vivo VIVT4 ND ND

Planner

A carteira de dividendos da Planner teve alta de 4,98% em dezembro, mas em 2012 acumulou queda de 0,75%.

Papéis incluídos: Taesa. Papéis retirados: Ambev.

Na elaboração da carteira, os analistas da Planner levaram em consideração empresas com forte e estável geração de caixa, baixo endividamento, baixa necessidade de investimentos, receita atrelada a índices inflacionários e alto volume de distribuição aos acionistas. Os destaques positivos em dezembro ficaram por conta das ações do Banco do Brasil e da Telefônica, mas Ambev teve leve queda. O papel foi substituído pelas ações da Taesa, que atua exclusivamente no setor de energia e tem a Cemig como um dos principais acionistas. Os analistas da Planner consideram sua geração de caixa previsível e estável, com boa margem operacional e forte distribuição de dividendos.

Ação Código Preço-alvo (dez/2013) Yield estimado (dez/2013)
AES Tietê GETI4 R$ 23,00 11,1%
Banco do Brasil BBAS3 R$ 31,30 6,4%
Banrisul BRSR6 R$ 20,10 5,4%
Taesa TAEE11 R$ 24,30 7,4%
Telefônica Vivo VIVT4 R$ 55,00 4,9%

Rico/Octo Investimentos

Em dezembro, a Carteira Dividendos 8+ do Rico, home broker da Octo investimentos, apresentou alta de 10,73%. Em 2012, a carteira acumulou ganho de 32,29%.

Papéis incluídos: Santos Brasil. Papéis retirados: Coelce.

De acordo com o relatório do Rico, em dezembro as incertezas que pairam sobre o setor de energia elétrica continuaram. Entretanto, alguns ativos apresentaram desempenho acima do Ibovespa. Uma dessas ações, a Coelce, foi em janeiro substituída pela Santos Brasil, em decorrência da alta de quase 30% em dezembro. Os analistas continuam acreditando que as empresas com caráter mais defensivo e boas pagadoras de dividendos são uma ótima alternativa de investimento em Bolsa, dado o contínuo cenário externo conturbado, e que possuem boa tendência de alta no médio e no longo prazo.

Ação Código Preço-alvo Yield estimado
Banco do Brasil BBAS3 ND ND
Grendene GRND3 ND ND
Santos Brasil STBP11 ND ND
Taesa TAEE11 ND ND
Telefônica Vivo VIVT4 ND ND
Tractebel TBLE3 ND ND
Vale VALE5 ND ND
Valid VLID3 ND ND

Santander

A carteira de dividendos do Santander teve alta de 1,34% em dezembro, e em 2012 acumulou valorização de 11,61%.

Papéis incluídos: Natura, Bradesco, CCR, Telefônica Vivo. Papéis retirados: Multiplan.

A Natura foi incluída na carteira em função do fim das incertezas em relação ao processo de revisão tarifária, que deve abrir caminho para uma boa performance dos papéis. O Bradesco apresenta alta previsibilidade de geração de caixa e dividend yield atrativo. Já a CCR está em um forte momento operacional e apresenta proteção contra a alta da inflação, uma vez que seus contratos de concessão são indexados. A Telefônica tem alta previsibilidade de geração de caixa, além de forte dividend yield esperado para 2013. As ações da Multiplan foram retiradas da carteira em função do recente fluxo de notícias desapontadoras em relação às vendas do varejo no fim do ano.

Ação Código Preço-alvo (dez/2013) Yield estimado (dez/2013)
Bradesco BBDC4 R$ 40,50 3,21%
CCR CCRO3 Em revisão 3,95%
Multiplus MPLU3 R$ 53,00 3,71%
Natura NATU3 R$ 61,00 3,66%
Qualicorp QUAL3 R$ 24,50 1,88%
Sabesp SBSP3 R$ 102,70 3,16%
Telefônica Vivo VIVT4 R$ 58,00 10,0%
Ultrapar UGPA3 R$ 56,60 2,67%

Souza Barros

A corretora não divulgou a rentabilidade de sua carteira de dividendos em dezembro ou em 2012.

Papéis incluídos: Oi. Papéis retirados: Tractebel.

A escolha dos papéis da carteira de dividendos da Souza Barros é trimestral. Houve apenas uma mudança em relação à carteira de dezembro. Os critérios foram liquidez, dividend yield maior que 3,5% no ano e 7,0% nos últimos 24 meses, pagamento de dividendos constante nos últimos cinco anos e no máximo duas empresas por setor que se enquadrem nesses critérios.

Ação Código Preço-alvo Yield estimado
Banco do Brasil BBAS3 ND ND
Bradespar BRAP4 ND ND
Cielo CIEL3 ND ND
Contax CTAX4 ND ND
CSN CSNA3 ND ND
Eternit ETER3 ND ND
Grendene GRND3 ND ND
Oi OIBR4 ND ND
Taesa TAEE11 ND ND
Telefônica Vivo VIVT4 ND ND

Um Investimentos

A carteira de dividendos da Um Investimentos teve alta de 4,38% em dezembro.

Não houve alterações para a carteira de janeiro.

Os analistas da Um Investimentos entendem que o cenário não se alterou para as empresas cujas ações foram mantidas. Empresas como Grendene, CCR e Lojas Renner foram escolhidas por características como o caráter defensivo, a diversificação das fontes de receita e por melhores condições em relação a seus pares. Após o fechamento de capital da Redecard, a Cielo tornou-se a única forma de se expor ao segmento de pagamentos com cartão. Com a aquisição de uma empresa americana, há perspectiva de ganhos com sinergia. Já a Ambev mantém múltiplos próximos à média do mercado, baixo endividamento e expectativa de crescimento no Norte e no Nordeste.

Ação Código Preço-alvo (dez/2013) Yield estimado (dez/2013)
Ambev AMBV4 R$ 96,00 2,92%
CCR CCRO3 R$ 19,95 3,13%
Cielo CIEL3 R$ 60,95 3,84%
Grendene GRND3 R$ 21,00 5,55%
Lojas Renner LREN3 R$ 83,80 2,50%

XP Investimentos

A Carteira XP Dividendos encerrou o mês de dezembro com alta de 2,3%. Em 2012, a carteira acumulou alta de 18,1%.

Papéis incluídos: Banrisul. Papéis retirados: Comgás.

Taesa e Comgás anunciaram o pagamento de proventos em dezembro. O yield da primeira foi de 2,12%, e o da segunda foi de 3,37%, sempre considerando a cotação do início do mês. Para janeiro, as ações da Comgás foram retiradas da carteira, uma vez que os analistas creem que o ativo já tenha precificado boa parte de seus bons fundamentos e perspectivas positivas. O papel teve alta de mais de 30% desde que entrou na carteira em maio de 2012, mas agora seu setor sofre risco regulatório. Em seu lugar foram acrescentadas as ações do Banrisul, que é um banco médio com algumas características de banco grande que ainda não parecem estar precificadas em seu valor de mercado, dizem os analistas da XP. Para eles, seus múltiplos e sua performance estão inferiores aos dos grandes bancos.

Ação Código Preço-alvo Yield estimado
Banrisul BRSR6 ND ND
Cielo CIEL3 ND ND
Taesa TAEE11 ND ND
Telefônica Vivo VIVT4 ND ND
Tractebel TBLE3 ND ND

*Matéria atualizada em 9 de janeiro de 2013 às 18h50.

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