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10 corretoras recomendam dividendos para setembro

Carteiras recomendadas de dividendos não tiveram bom desempenho em agosto


	Turbinas de energia eólica em campo da Tractebel: empresa foi uma das mais recomendadas
 (Adriano Machado/Bloomberg)

Turbinas de energia eólica em campo da Tractebel: empresa foi uma das mais recomendadas (Adriano Machado/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 30 de dezembro de 2013 às 09h17.

São Paulo – Em agosto, algumas carteiras recomendadas de ações que pagam bons dividendos teve desempenho negativo. O bom desempenho da Bolsa puxado por setores específicos – como siderurgia, mineração e construção civil – não ajudou os papéis mais defensivos, preteridos pelos investidores. O Ibovespa fechou o mês com alta de 3,68%, e nenhuma das carteiras acompanhadas por EXAME.com conseguiu superá-lo.

As ações mais recomendadas para o mês de agosto continuam sendo as da Telefônica e as da Tractebel, cada uma presente em seis carteiras. O setor elétrico continua com grande representatividade nas carteiras defensivas. A Taesa aparece em três carteiras, a Alupar em três, a Cemig em duas, entre outras.

Clique no nome da corretora para ver sua carteira recomendada de dividendos para setembro

Ágora/Bradesco
Ativa

Citi Corretora
Omar Camargo

Planner
Rico/Octo Investimentos

Santander
Souza Barros

Um Investimentos
XP Investimentos


Ágora Corretora / Bradesco

Em agosto, a carteira de dividendos da Ágora/Bradesco teve leve alta de 1,2%, acumulando queda de 3,3% em 2013.

Papéis incluídos: BM&FBovespa. Papéis retirados: Contax.

A expectativa de retorno médio para a carteira da Ágora é de 5,5% para 2013 (dividend yield médio da carteira. A Contax foi retirada da carteira para setembro, para a realização de lucros após desempenho positivo de 7% em agosto. Em seu lugar, foi acrescentada a ação da BM&FBovespa.

A empresa conta com as melhores perspectivas de um ambiente melhor para as negociações nos mercados de ações e derivativos com a gradual recuperação dos indicadores das principais economias do mundo; tendência de despesas operacionais mais estáveis e previsíveis nos próximos anos; possibilidade de melhora das margens operacionais da companhia; e a atratividade dos dividendos. Para os analistas, o ambiente competitivo não deve ser um problema para ação ao menos até 2014. Mas o ambiente regulatório brasileiro e eventuais pioras nos mercados de capitais internacionais são fatores de risco.

Ação Código Preço-alvo Yield estimado
Ambev AMBV4 R$ 95,00 2,70%
BB Seguridade BBSE3 R$ 22,40 4,70%
BM&FBovespa BVMF3 R$ 15,80 5,10%
Cielo CIEL3 R$ 65,70 4,10%
Telefônica (Vivo) VIVT4 R$ 57,00 8,50%

Ativa

A carteira defensiva da Ativa teve desvalorização de 1,34% em agosto. No ano, a carteira acumula queda de 2,95%.

Não houve alterações para a carteira de setembro.

Não houve comentários específicos sobre a manutenção da carteira.

Ação Código Preço-alvo Yield estimado
Ambev AMBV4 ND 3,60%
Bradesco BBDC4 ND 3,70%
Equatorial EQTL3 ND 2,50%
Telefônica (Vivo) VIVT4 ND 7,10%
Tractebel TBLE3 ND 5,80%

Citi Corretora

A carteira Top Picks Dividendos apresentou queda de 3,2% em agosto. No ano, a carteira apresenta leve alta de 0,8%.

Papéis incluídos: BB Seguridade. Papéis retirados: Telefônica (Vivo).

A Telefônica saiu da carteira após fraco desempenho em agosto, com queda de 3,8%. Em seu lugar foram incluídas as ações do BB Seguridade. Os analistas do Citi justificam a escolha pela empresa estar posicionada em um setor com baixa penetração no Brasil, com alto potencial de crescimento; por ter um modelo de negócios defensivo, com boas perspectivas de geração de caixa e distribuição de dividendos; e por contar com acesso exclusivo às agências e caixas eletrônicos do BB, o que se traduz em baixo custo, além de parcerias com grandes redes varejistas e bom relacionamento com corretores independentes.

Ação Código Preço-alvo Yield estimado
Ambev AMBV4 R$ 93,96 4,20%
BB Seguridade BBSE3 R$ 19,10 2,10%
CCR CCRO3 R$ 20,00 2,30%
Tractebel TBLE3 R$ 35,70 7,20%
Ultrapar UGPA3 R$ 59,00 2,60%

Omar Camargo

Em agosto, a carteira de dividendos da Omar Camargo teve dividend yield 0,69% e desvalorização de 3,56%, já com ajuste de proventos para os acionistas. No ano, o dividend yield é de 5,56% e a carteira desvalorizou 7,99%, já com ajuste de proventos para os acionistas.

Não foram feitas alterações para a carteira de setembro.

O relatório da Omar Camargo destaca que as ações do BB pagaram dividendos em agosto, dando um retorno de 3,43%. No fim do mês, o banco anunciou o pagamento de um dividend yield de 1,36%.

Ação Código Preço-alvo Yield estimado
AES Tietê GETI4 ND ND
Alupar ALUP11 ND ND
Banco do Brasil BBAS3 ND ND
Telefônica (Vivo) VIVT4 ND ND
Tractebel TBLE3 ND ND

Planner

A carteira de dividendos da Planner teve queda de 3,34% em agosto e apresenta valorização de 1,53% no acumulado do ano.

Papéis incluídos: Ambev, Banco do Brasil, CCR, Pine e Souza Cruz. Papéis retirados: AES Tietê, Eternit, Grendene, Klabin e Tractebel.

Todas as ações da carteira de dividendos da Planner foram trocadas para setembro, por terem pago dividendos em agosto. De acordo com o relatório, a Ambev foi incluída por pagar altos dividendos em relação a seu lucro regularmente. O Banco do Brasil conta com múltiplos atrativos em relação a seus pares também conta com retorno de dividendos (dividend yield) interessante.

O Banco Pine, focado em crédito corporativo por meio de relacionamentos de longo prazo com os clientes e investidores, tem forte distribuição histórica de proventos, acima de 50% do lucro em base trimestral, combinando juros e dividendos. A CCR é uma empresa com lucros crescentes e boa taxa de distribuição de dividendos (90% do lucro em 2012), pagando com regularidade. Os analistas da Planner esperam que em setembro a empresa anuncie novo pagamento de proventos, normalmente o maior do ano.

Finalmente, a Souza Cruz foi incluída por distribuir dividendos trimestralmente, e o próximo pagamento é esperado para setembro. A companhia distribuiu, em média, 96% de seus lucros nos últimos quatro anos.

Ação Código Preço-alvo Yield estimado
Ambev AMBV4 R$ 93,00 2,5%
Banco do Brasil BBAS3 R$ 31,30 6,5%
CCR CCRO3 R$ 20,50 4,8%
Pine PINE4 R$ 12,50 8,5%
Souza Cruz CRUZ3 R$ 28,00 4,6%

Rico/Octo Investimentos

Em agosto, a Carteira Dividendos 8+ do Rico, home broker da Octo Investimentos, apresentou alta de 0,21%. Em 2013, a carteira tem queda de 3,12%.

Papéis incluídos: Cemig. Papéis retirados: Banco do Brasil.

Segundo o relatório do Rico, em agosto poucos setores sustentaram a alta do Ibovespa, com destaque para as ações de siderurgia e mineração, além de algumas empresas de construção civil e alimentos. Em função disso, os ativos considerados mais defensivos perderam certa atratividade, principalmente para os investidores estrangeiros.

Por isso, dizem os analistas, em setembro a carteira incluirá empresas de caráter defensivo e boas pagadoras de dividendos, bem como empresas voltadas para o crescimento e que têm apresentado consistência na entrega de resultados. “No entanto, justificamos uma maior concentração de ativos do setor de energia elétrica por enxergar que algumas ações do setor já perderam muito valor e que, por este motivo, não apresentam grandes riscos”, diz o relatório do Rico.

Ação Código Preço-alvo Yield estimado
Alupar ALUP11 ND ND
Cemig CMIG4 ND ND
Coelce COCE5 ND ND
Grendene GRND3 ND ND
Mahle Metal Leve LEVE3 ND ND
Taesa TAEE11 ND ND
Tractebel TBLE3 ND ND
Vale VALE5 ND ND

Santander

A carteira de dividendos do Santander teve queda de 3,42% em agosto. No ano, acumula queda de 11,49%.

Papéis incluídos: Vale.

O Santander apenas incluiu as ações da Vale, em função da melhora dos dados econômicos da China e da Zona do Euro em agosto, o que deve sustentar o preço do minério de ferro nos próximos meses. Além disso, a valorização do dólar frente ao real deve contribuir para fortes resultados operacionais da companhia no terceiro trimestre, diz o Santander.

Ação Código Preço-alvo Yield estimado
Ambev AMBV4 R$ 101,25 3,83%
CPFL CPFE3 R$ 27,40 6,40%
Itausa ITSA4 R$ 13,00 4,90%
Telefônica (Vivo) VIVT4 R$ 58,00 8,00%
Tractebel TBLE3 Em revisão 5,54%
Ultrapar UGPA3 R$ 69,00 2,63%
Vale VALE3 R$ 45,00 4,64%

Souza Barros

Não foi divulgado o desempenho da carteira de dividendos da Souza Barros em agosto. No ano, a carteira acumula alta de 7,01%.

Papéis incluídos: Contax e Providência. Papéis retirados: Oi e Tractebel.

Os critérios usados pela Souza Barros para as sugestões são liquidez, dividend yield maior que 3,0% no último ano e 6,5% nos últimos 24 meses, pagamento de dividendos constante nos últimos cinco anos e no máximo duas empresas por setor que se enquadrem nesses critérios. Não houve comentários específicos acerca da troca de papéis na carteira do terceiro trimestre do ano.

Ação Código Preço-alvo Yield estimado
Banco do Brasil BBAS3 ND ND
Cielo CIEL3 ND ND
Contax CTAX4 ND ND
CSN CSNA3 ND ND
Eternit ETER3 ND ND
Grendene GRND3 ND ND
Providência PRVI3 ND ND
Souza Cruz CRUZ3 ND ND
Taesa TAEE11 ND ND
Telefônica Vivo VIVT4 ND ND

Um Investimentos

A carteira de dividendos da Um Investimentos apresentou queda de 7,59% em agosto. O desempenho no ano não foi divulgado.

Papéis incluídos: Tractebel, Coelce e Bradesco. Papéis retirados: Cemig.

A Tractebel e a Coelce mostram-se atrativas frente a seus pares do setor elétrico e têm dividend yield elevado, de 5% e 6% em 2013, respectivamente. Já para o Bradesco, os analistas esperam continuidade na queda da inadimplência, na busca do banco por alternativas para manter a rentabilidade. Além disso, pode ser beneficiado pela alta nos juros e é bem posicionado em regiões com crescimento de renda acima da média nacional.

Ação Código Preço-alvo Yield estimado
Bradesco BBDC4 R$ 34,89 ND
CCR CCRO3 R$ 21,85 ND
Coelce COCE5 R$ 46,70 ND
Grendene GRND3 R$ 25,00 ND
Multiplus MPLU3 R$ 36,50 ND
Taesa TAEE11 R$ 26,00 ND
Tractebel TBLE3 R$ 38,40 ND

XP Investimentos

A Carteira XP Dividendos encerrou o mês de agosto com alta de 1,0%, e no ano acumula valorização de 3,50%.

Papéis incluídos: Cemig e Vale. Papéis retirados: Equatorial e Banrisul.

A Equatorial foi trocada pela Cemig, ainda que a XP continue a considerá-la um bom ativo. A troca é baseada numa análise relativa de curto prazo mais favorável à Cemig. De acordo com o relatório, os analistas entendem que grande parte do valor da Equatorial vai se mostrar no longo prazo (próximos dois anos), enquanto que a Cemig, nos atuais patamares de preço, apresenta um formidável dividend yield de até 10%.

O Banrisul foi trocado pela Vale. Os analistas receiam que a forte expansão da carteira de crédito do banco gaúcho possa resultar em aumento de inadimplência e afetar sua rentabilidade. A Vale, por sua vez, tem potencial de valorização e yield satisfatório.

Ação Código Preço-alvo Yield estimado
Alupar ALUP11 ND ND
BB Seguridade BBSE3 ND ND
Cemig CMIG4 ND ND
Cielo CIEL3 ND ND
Telefônica (Vivo) VIVT4 ND ND
Vale VALE5 ND ND
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