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Zoom divulga resultado: é hora de sair das ações do kit home office?

Empresa de videochamadas está sob pressão de investidores para diversificar fontes de receita e manter ritmo acelerado de expansão; ações acumulam queda de 26% no ano

Aplicativo do Zoom: ações da empresa de videoconferências estão em queda com reabertura da economia | Foto: GettyImages (NurPhoto/Getty Images)

Aplicativo do Zoom: ações da empresa de videoconferências estão em queda com reabertura da economia | Foto: GettyImages (NurPhoto/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 22 de novembro de 2021 às 06h15.

Última atualização em 22 de novembro de 2021 às 14h05.

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O Zoom, uma das empresas de videochamadas cujo serviço se tornou mundialmente famoso e necessário com as restrições de circulação impostas pela pandemia de Covid-19, divulga os seus resultados do terceiro trimestre encerrado em outubro nesta segunda, dia 22, depois do fechamento do mercado.

Os números serão acompanhados de perto por investidores e analistas que abraçaram a tese de investimento da vida e do trabalho dentro de casa, o kit home office. Eles estarão atentos aos impactos da reabertura das economias e ao retorno cada vez mais abrangente aos escritórios e às escolas.

O foco -- e a pressão -- de investidores sobre o Zoom estará em informações e dados sobre novas fontes de receita e na sua capacidade de sustentar o ritmo de crescimento e de clientes da companhia, em especial no segmento de pequenas e médias empresas (PME). Efeitos do aumento da concorrência, em especial do Microsoft Teams, também serão observados.

No fim de setembro, o Zoom sofreu um revés significativo com o fracasso de sua oferta de 14,7 bilhões de dólares pela Five9, uma empresa de software para contact center que ajudaria a empresa a diversificar as fontes de receita, reduzindo a sua dependência do serviço de comunicação por vídeo. A proposta foi rejeitada pelos acionistas da Five9.

No mercado, as projeções apontam para receitas de 1,02 bilhão de dólares no trimestre, com lucro de 1,09 dólar por ação.

Há pouco mais de um ano, o Zoom chegou a superar na bolsa a maior petrolífera americana, a ExxonMobil, com 139 bilhões de dólares em valor de mercado, 100 milhões de dólares de diferença. Era um momento em que a valorização acumulada de suas ações no ano ficou acima de 800%, com o papel na Nasdaq a 559 dólares. A partir dali, as cotações perderam força gradualmente.

As ações da companhia encerraram a sexta-feira, dia 19, negociadas a 251,30 dólares, com queda de 25,8% no acumulado do ano, na contramão da valorização de 24,6% do Nasdaq Composite no mesmo período. O valor de mercado estava em 74,7 bilhões de dólares (o da ExxonMobil quase dobrou com a alta do petróleo, para 256,9 bilhões de dólares).

A perda mais recente de valor, no entanto, só começou em 31 de agosto, dia seguinte à divulgação de resultados do segundo trimestre: os números superaram as estimativas de analistas, mas a desaceleração do crescimento das receitas na base anual, de 191% no primeiro trimestre para 54% no segundo, com previsão de 31% no terceiro, pesou na reação de investidores. Somente no pregão seguinte à divulgação, os papeis se desvalorizaram 16,7%.

Ainda assim, a companhia fundada e comandada por Eric Yuan apresentou crescimento de 36% no números de empresas que são clientes e possuem mais de 10 funcionários: eram 504.900 companhias ao fim do segundo trimestre. Um sinal de que a demanda corporativa ainda está expandindo a base. Resta saber se isso será suficiente para atrair o investidor de volta.

No mercado, há recomendações de compra e neutra para a ação, com upside perto de 50% em alguns casos.

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