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Xi Jinping, PIB da China, Hong Kong em queda livre, pesquisa Ipec e o que mais move o mercado

Ações de tecnologia desabam no mercado chinês após Xi Jinping ser reconduzido ao terceiro mandato de secretário-geral do Partido Comunista

Xi Jinping: secretário-geral do Partido Comunista e presidente da China (TPG/Getty Images)

Xi Jinping: secretário-geral do Partido Comunista e presidente da China (TPG/Getty Images)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 24 de outubro de 2022 às 07h45.

Última atualização em 24 de outubro de 2022 às 10h09.

Bolsas da Ásia fecharam em forte queda nesta madrugada, mesmo após o PIB da China ter superado as projeções do mercado para o terceiro trimestre. O crescimento anual foi de 3,9% ante a expansão esperada de 3,4%. Dados da produção industrial, exportação e da balança comercial chinesa também saíram acima das expectativas, mas foram insuficientes para contrapor os temores políticos na região.

As preocupações têm como peça central Xi Jinping, reconduzido ao terceiro mandato de secretário-geral no Congresso do Partido Comunista neste fim de semana. O político chinês também acumula os cargos de presidente da China e presidente da Comissão Militar. O medo do mercado é de que Xi Jinping ainda mais forte na política chinesa se traduza em um governo mais autoritário, com a permanência do controle duro à covid-19 e mais restrições a empresas de tecnologia do país.

Ações do setor estiveram entre as maiores perdas do mercado chinês. Hong Kong, mais aberta ao investidor estrangeiro, desabou mais de 6% nesta madrugada, enquanto a bolsa de Xangai recuou 2%. O Alibaba desabou 11,42% em Hong Kong.

Apesar das duras perdas no mercado asiático, bolsas do Ocidente sobem nesta segunda-feira, 24, com alívio no mercado de títulos americanos e balanços do terceiro trimestre no horizonte.

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Desempenho dos indicadores às 7h45 (de Brasília):

  • Dow Jones futuro (Nova York): + 0,23%
  • S&P 500 futuro (Nova York): + 0,16%
  • Nasdaq futuro (Nova York): - 0,08%
  • DAX (Frankfurt): + 1,18%
  • CAC 40 (Paris): + 1,38%
  • FTSE 100 (Londres): + 0,08%
  • Stoxx 600 (Europa): + 1,34%
  • Shangai Composite: - 2,02%
  • Hang Seng (Hong Kong): - 6,36%

Brasil: entre resultados e eleições

No Brasil, investidores se preparam para uma semana recheada de resultados. Vale (VALE3), Santander (SANB11), Ambev (ABEV3) e Suzano (SUZB3) são algumas das empresas que divulgarão seus números. Por aqui, o mercado também segue atento às pesquisas de intenção de voto, que têm apontado maior força do atual presidente JaIr Bolsonaro (PL).

A reação de Bolsonaro nas pesquisas animou investidores na última semana, com o Ibovespa saltando 7%. A alta foi a maior para uma semana desde 2020 e liderada por ações de empresas estatais, tidas como as mais beneficiadas por um eventual segundo mandato bolsonarista. A Petrobras (PETR3/PETR4), com o segundo maior peso no índice, subiu mais de mais de 12% na semana passada, indo a R$ 524 bilhões em valor de mercado.

Ipec atualiza pesquisa presidencial

Nesta segunda, investidores aguardam pela divulgação da pesquisa do Ipec. Na última atualização da pesquisa, na semana passada, Bolsonaro havia ganhado 1 ponto percentual, saltando de 42% para 43% dos votos. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia caído 1 p.p. para 50% dos votos.

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