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Wells Fargo reduz despesas e aumenta receita em meio à reestruturação liderada por CEO

Banco anuncia queda de 12% nas despesas operacionais no quarto trimestre de 2024 e projeta crescimento na receita de juros para 2025

Publicado em 15 de janeiro de 2025 às 09h34.

Última atualização em 15 de janeiro de 2025 às 10h39.

A Wells Fargo & Co (WFC) registrou um encargo de US$ 647 milhões em indenizações no quarto trimestre de 2024, refletindo os esforços do CEO Charlie Scharf em reduzir a força de trabalho e reestruturar o banco. A iniciativa faz parte de uma estratégia mais ampla de corte de custos e transformação organizacional.

As despesas não relacionadas a juros atingiram US$ 13,9 bilhões nos últimos três meses de 2024, uma redução de 12% em relação ao ano anterior. A empresa de São Francisco também superou as estimativas de receita líquida de juros no trimestre, registrando US$ 20,4 bilhões, consistente com o ano anterior, e espera um aumento de 1% a 3% nessa métrica em 2025, superando as projeções dos analistas.

No período, o lucro registrado foi de US$ 5,1 bilhões (US$ 1,43 por ação diluída), aumento de 47% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

“Estamos apenas no início de ver os benefícios do impulso que estamos construindo, e nosso desempenho financeiro deve continuar a melhorar com o trabalho de transformação que estamos realizando”, afirmou Scharf em comunicado.

As ações da Wells Fargo, que já acumulam alta de 50% nos últimos 12 meses, segundo análise da Bloomberg, subiram 3% no pré-mercado de Nova York nesta quarta-feira, 15. A valorização é impulsionada, em parte, pela expectativa de que o presidente eleito Donald Trump flexibilize regulamentações e estimule a economia.

Apesar do desempenho positivo, o banco continua operando sob o limite de ativos imposto pelo Federal Reserve (Fed) desde 2017, o que restringe o crescimento de seus ativos além dos US$ 1,93 trilhão registrados ao final de 2024. A Wells Fargo avançou no esforço para remover a restrição, submetendo uma revisão independente de suas reformas ao Fed no ano passado.

Além disso, as taxas de investimento bancário dispararam 59% no quarto trimestre, alcançando US$ 725 milhões. Scharf, que assumiu o comando em 2019, vem expandindo a presença da empresa em Wall Street e destacou, no ano passado, que essa oportunidade é clara e promissora.

A meta de despesas não relacionadas a juros para 2025 é de aproximadamente US$ 54,2 bilhões, ligeiramente abaixo do total de 2024. A força de trabalho da empresa também foi reduzida significativamente, caindo de 272 mil funcionários em 2019 para 217.502 em 2024.

“Estamos longe de ser uma empresa eficiente, e cortar custos é como descascar uma cebola: cada camada revela novos desafios”, disse Scharf em dezembro.

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