Wall Street (fotog/Getty Images)
Redatora na Exame
Publicado em 1 de abril de 2025 às 10h57.
Os mercados acionários dos Estados Unidos encerraram o primeiro trimestre de 2025 em queda, pressionados pelas incertezas econômicas e pelas novas tarifas impostas pelo presidente Donald Trump.
O S&P 500 e o Nasdaq quebraram uma sequência de cinco trimestres de ganhos e registraram suas maiores perdas trimestrais desde 2022. O Nasdaq permanece em território de correção.
Na última segunda-feira, 31, os índices tiveram um fechamento misto. O S&P 500 avançou 0,55%, o Dow Jones subiu 1%, mas o Nasdaq recuou 0,14%.
As perdas se intensificaram em março, quando o S&P 500 recuou 5,8%, sua maior queda mensal desde dezembro de 2022. O Nasdaq caiu 8,2% no mês, enquanto o Dow cedeu 4,2%.
No acumulado do trimestre, o S&P 500 caiu 4,6%, o Dow perdeu 1,3% e o Nasdaq despencou 10,4%.
O segundo trimestre promete ser ainda mais desafiador. Trump anunciou que, a partir de quarta-feira, tarifas recíprocas serão aplicadas a "todos os países", o que amplia a incerteza sobre os impactos econômicos.
Segundo o Goldman Sachs, a decisão levou a uma redução na projeção de crescimento dos EUA e a um aumento na estimativa de inflação para 2025, com risco crescente de estagflação ou até recessão. O banco elevou a probabilidade de recessão nos próximos 12 meses de 20% para 35%. Além disso, revisou para baixo sua projeção para o S&P 500.
Outro destaque negativo foi a Tesla (TSLA), cujas ações caíram 36% nos primeiros três meses de 2025, o pior desempenho trimestral da empresa desde 2022, quando tombaram 54%.
A perda de valor de mercado da empresa ultrapassou US$ 460 bilhões. O CEO Elon Musk reconheceu que sua atuação no chamado Departamento de Eficiência Governamental (Doge) tem gerado reações negativas e prejudicado o desempenho da companhia na bolsa.