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Wall Street fecha sem direção única, com influência de petróleo e "techs"

Dow Jones fechou em alta de 0,49%, aos 24.580,89 pontos, com queda semanal de 1,83%; o S&P 500 subiu 0,19%, aos 2.754,88 pontos, com perda semanal de 0,66%

Wall Street: Nasdaq recuou 0,26%, aos 7.692,82 pontos, com recuo semanal de 0,58% (Spencer Platt/Getty Images)

Wall Street: Nasdaq recuou 0,26%, aos 7.692,82 pontos, com recuo semanal de 0,58% (Spencer Platt/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de junho de 2018 às 18h21.

São Paulo - Os mercados acionários americanos encerraram o pregão desta sexta-feira, 22, sem direção única, com papéis de energia favorecidos pelo rali dos preços do petróleo, enquanto papéis de companhias de tecnologia apresentaram perdas após o adiamento da votação da reforma no sistema imigratório dos Estados Unidos na Câmara dos Representantes.

O índice Dow Jones fechou em alta de 0,49%, aos 24.580,89 pontos, com queda semanal de 1,83%; o S&P 500 subiu 0,19%, aos 2.754,88 pontos, com perda semanal de 0,66%; e o Nasdaq recuou 0,26%, aos 7.692,82 pontos, com recuo semanal de 0,58%.

As ações oscilaram ao longo da semana, com papéis de empresas industriais, agrícolas e fabricantes de automóveis recuando enquanto os investidores temiam que as relações comerciais globais estivessem se tornando cada vez mais fraturadas.

Na segunda-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, ordenou uma investigação de mais US$ 200 bilhões em produtos chineses que seriam penalizados com tarifas de 10%. Nesta sexta-feira, ele ameaçou impor tarifa de 20% sobre carros importados da Europa depois que a União Europeia começou a impor barreiras sobre bens americanos.

Os movimentos contribuíram para a inquietação entre os investidores, que se preocupam com o fato de que essas abordagens possam prejudicar o crescimento global em uma época na qual muitos já acreditam que a dinâmica econômica está se esvaindo.

"Estamos começando a ver algum impacto corporativo devido à retórica protecionista que vem de Washington", disse a chefe de alocação de ativos da Voya Investment Management, Barbara Reinhard. "O setor automotivo tem um impacto econômico muito maior do que qualquer coisa que tenha sido feita até agora", comentou.

Algum alívio foi visto nesta sexta-feira por companhias ligadas ao petróleo. O subíndice de energia do S&P 500 fechou em alta de 2,71%, aos 558,60 pontos. Os papéis da Chevron (+2,05%) e da ExxonMobil (+2,12%) contribuíram para os ganhos à medida que os investidores reagiram com otimismo ao acordo firmado pelos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) em elevar a produção menos do que o esperado anteriormente pelos mercados. Os preços da commodity saltaram quase 5% em Nova York e deram apoio às ações.

O setor de tecnologia, no entanto, não deu alívio. Na noite de quinta-feira, o presidente da Câmara, o republicano Paul Ryan (Wisconsin), adiou para a próxima semana a votação de um amplo projeto de reforma imigratória por acreditar que não há consenso entre os republicanos para uma aprovação.

Irritado, Trump pediu, no Twitter, que os republicanos abandonassem os esforços para a aprovação do plano. Com essa perspectiva, as techs foram penalizadas: a Apple caiu 0,29%, a Amazon perdeu 0,84% e a Microsoft cedeu 0,72%. (Com informações da Dow Jones Newswires)

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