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Wall Street fecha em alta antes de FED

Dow Jones e S&P 500 encerraram o dia em nível recorde, com expectativas pela manutenção da política monetária do FED


	Operadores da Bolsa de Nova York: índice Dow Jones ganhou 111,42 pontos (0,72%), fechando no nível recorde de 15.680,35 pontos
 (Mario Tama/ Getty Images)

Operadores da Bolsa de Nova York: índice Dow Jones ganhou 111,42 pontos (0,72%), fechando no nível recorde de 15.680,35 pontos (Mario Tama/ Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2013 às 17h41.

Nova York - As Bolsas de Nova York fecharam em alta nesta terça-feira, 29, com o Dow Jones encerrando o dia em nível recorde, assim como o S&P 500, em meio à expectativa dos investidores pela manutenção da política monetária do Federal Reserve (FED, banco central norte-americano). Os dados decepcionantes da economia dos Estados Unidos divulgados mais cedo reforçaram a perspectiva.

O índice Dow Jones ganhou 111,42 pontos (0,72%), fechando no nível recorde de 15.680,35 pontos. O Dow superou o patamar de 15.676,94 pontos - recorde alcançado em 18 de setembro. O S&P 500 teve alta de 9,84 pontos (0,56%), encerrando a sessão aos 1.771,95 pontos e renovando pela terceira vez seguida seu recorde de fechamento. O Nasdaq avançou 12,21 pontos (0,31%), terminando a 3.952,34 pontos, maior patamar desde setembro de 2000.

Diante de uma série recente de indicadores frágeis dos EUA e do caráter provisório do acordo fiscal fechado em meados do mês em Washington, a previsão é que o FED continue comprando US$ 85 bilhões em bônus mensalmente, deixando inalterado seu principal instrumento de ajuda à economia. Os investidores, no entanto, vão acompanhar de perto o comunicado que o FED divulgará após a conclusão da reunião, na quarta-feira, 30, em busca de sinais de quando a chamada política de relaxamento quantitativo poderá começar a ser revertida.

Os números macroeconômicos norte-americanos divulgados nesta manhã ajudaram a reforçar as apostas para o FED. As vendas no varejo caíram 0,1% em setembro ante agosto, contrariando previsão de alta de 0,1%, e o índice de confiança do consumidor, medido pelo Conference Board, recuou para 71,2 em outubro, de uma leitura revisada de 80,2 em setembro.

Também saíram dados de peso menor, como o índice de preços ao produtor (PPI), que teve queda de 0,1% na variação mensal de setembro, contra uma estimativa de alta de 0,2%, os preços de moradias nas 20 maiores cidades dos EUA, que subiram 12,8% em agosto ante igual mês do ano passado, e os estoques das empresas, que avançaram 0,3% em agosto ante julho, como esperado.

"No geral, os dados, as expectativas de que o FED manterá suas políticas e os balanços têm dado sustentação às ações", disse Paul Zemsky, diretor de investimentos do ING U.S. Investment Management.

Peter Cardillo, economista da Rockwell Global Capital, afirmou que os investidores devem observar atentamente o comunicado do FED. "O mercado teve um forte rali até aqui, sem respirar muito, então podemos ter um recuo simbólico após o FED." Segundo ele, porém, uma possível fraqueza deve ser temporária e servir como oportunidade para investidores. O economista acredita que o mercado deva continuar a subir até o fim do ano.

Além da expectativa com o FED e os indicadores diários, os investidores em renda variável acompanham os balanços trimestrais. O da Apple, que saiu na noite passada, mostrou queda no lucro, mas menos acentuada do que se previa. A Pfizer, integrante do Dow, divulgou pela manhã lucro acima do esperado, mas receita ligeiramente abaixo.

As ações da fabricante do iPhone fecharam em queda de 2,49%, enquanto o grupo farmacêutico teve alta de 1,69%.

No grupo das blue chips, IBM (+2,69) e AT&T (+1,97%) foram destaques de alta e impulsionaram o índice Dow Jones.

Na Europa, a alta foi generalizada diante da previsão para o FED. A Bolsa de Milão liderou os ganhos, com avanço de 2,27%, enquanto Londres e Frankfurt subiram 0,73% e 0,48%, respectivamente.

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