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Wall Street cai mais de 1% por temor com dívida dos EUA

Índice Dow Jones perdeu 159,71 pontos (1,07%), fechando a 14.776,53 pontos


	Investidores da Bolsa de Nova York: S&P 500 teve queda de 20,67 pontos (1,23%), encerrando a 1.655,45 pontos
 (AFP)

Investidores da Bolsa de Nova York: S&P 500 teve queda de 20,67 pontos (1,23%), encerrando a 1.655,45 pontos (AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2013 às 18h16.

Nova York - As Bolsas de Nova York fecharam em forte queda nesta terça-feira, 08, após atingirem as mínimas da sessão durante o discurso do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que não ofereceu sinal de avanço para acabar com a paralisação de oito dias do governo norte-americano.

O índice Dow Jones perdeu 159,71 pontos (1,07%), fechando a 14.776,53 pontos. O S&P 500 teve queda de 20,67 pontos (1,23%), encerrando a 1.655,45 pontos. Já o Nasdaq recuou 75,55 pontos (2,00%), terminando aos 3.694,83 pontos.

Obama buscou aumentar a pressão sobre o Congresso para encerrar a paralisação parcial do governo do país. Em entrevista à imprensa nesta tarde, ele alertou que a falta de ação dos parlamentares pode criar "o risco significativo de uma recessão muito profunda". Ele disse não ter problemas para conversar com os republicanos, mas somente após eles aprovarem um projeto para financiar o governo e elevar o teto da dívida, o que não traz nada de novo em relação aos seus últimos pronunciamentos.

Com o prazo final para elevar o teto da dívida se aproximando, os republicanos na Câmara tentam forçar a Casa Branca e os democratas no Senado a negociarem. Enquanto isso, o partido de Obama - que tem maioria no Senado - se prepara para votar na quinta-feira, 10, um projeto que estende a autorização do governo para financiamento do país até 2014, após as eleições de meio de mandato do próximo ano, a menos que o Congresso aprove uma resolução discordante. O líder da maioria democrata no Senado, Harry Reid, deve apresentar o projeto ainda nesta terça.

Com a incerteza persistente, os investidores deixaram de lado ações mais sensíveis, o que ficou evidente com o recuo maior do Nasdaq, segundo Matthew Cheslock, trader da Virtu Financial. "As pessoas comentam sobre a ótima oportunidade de compra, mas não vemos ninguém disposto a entrar neste momento."

Setores e ações sensíveis ao crescimento sofreram onda de vendas, como Netflix, Tesla e Priceline.com, componentes do Nasdaq. O S&P 500 caiu 2,9% desde que fechou em seu recorde histórico de 1.725,52 pontos em 18 de setembro.

"A paralisação é agora um show a parte. A questão toda é o teto da dívida", disse Quincy Krosby, estrategista da Prudential Financial.

Mais cedo, a Federação Nacional de Empresas Independentes (NFIB, na sigla em inglês) informou que o índice de confiança das pequenas empresas norte-americanas caiu ligeiramente em setembro, para 93,9, da leitura revisada de 94,1 em agosto. Apesar do recuo, o dado veio melhor do que o esperado. Analistas consultados pela Dow Jones Newswires previam que o indicador recuaria para 93,3.

Na Europa, as Bolsas também fecharam em queda generalizada. Preocupações cada vez maiores de que o impasse político em Washington ultrapasse o prazo para elevar o teto da dívida dos EUA pesou no sentimento do investidor europeu. A Bolsa de Londres liderou as perdas, com queda de 1,11%, enquanto Frankfurt perdeu 0,42% e Paris recuou 0,77%.

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