Nova York - As ações dos Estados Unidos caíam nesta segunda-feira em meio a comentários de autoridades do Federal Reserve de que o banco central norte-americano pode começar a reduzir suas medidas de estímulos este ano.

As declarações jogaram sombra sobre bons resultados econômicos da Alemanha e da China.

Às 12h55 (horário de Brasília), o indicador Dow Jones caia 0,39 por cento, a 15.391 pontos, enquanto que o S&P 500 tinha desvalorização de 0,59 por cento, a 1.699 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq tinha perdas de 0,61 por cento, a 3.751 pontos.

Uma alta nas ações da Apple, no entanto, limitava as perdas do Nasdaq, enquanto que os papéis do Citigroup puxavam o desempenho do setor financeiro após o grupo informar que os lucros podem sentir o efeito da queda na receita com trading.

Novos pedidos impulsionaram o desempenho de empresas europeias e chinesas em setembro, de acordo com pesquisas que ampliaram as evidências de que a economia global está se recuperando. Já a atividade industrial nos Estados Unidos perdeu um pouco o fôlego.

Referindo-se ao cronograma que o chairman do BC norte-americano, Ben Bernanke, apresentou em junho, o presidente do Fed de Nova York, William Dudley, disse que o plano ainda "está bastante sólido".

O mercado foi surpreendido na última semana quando o Fed não reduziu o ritmo das compras de ativos de 85 bilhões de dólares por mês, após expectativas de que uma mudança na política monetária poderia acontecer em setembro.

Investidores seguem atentos aos comentários de outras autoridades da autoridade monetária dos EUA, após o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard , afirmar, na sexta-feira, que o programa de compra de títulos pode ser reduzido na reunião de outubro, se os dados apontarem para uma economia mais forte.

"O Fed continua sendo o foco do mercado", afirmou o vice-presidente de investimento da North Star Investment Management, Eric Kuby. Para ele, após o período de ganhos na semana passada, "o mercado está num período de digestão; a economia não está tão forte, então é difícil ficar tão otimista."