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Vivo: problemas fora do balanço

Nesta terça-feira, quando divulgar seus resultados após o fechamento do pregão, a companhia Telefônica Vivo deve apresentar uma alta de 12% em seu lucro, na comparação anual, para 976 milhões de reais. Os números devem mostrar que a companhia cresce, apesar da crise. Já fora do balanço, o momento não é dos melhores. Há pouco […]

AMOS GENISH: as ações da Vivo caíram 7,5% desde o anúncio de sua saída  / Germano Lüders

AMOS GENISH: as ações da Vivo caíram 7,5% desde o anúncio de sua saída / Germano Lüders

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Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2016 às 19h39.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h50.

Nesta terça-feira, quando divulgar seus resultados após o fechamento do pregão, a companhia Telefônica Vivo deve apresentar uma alta de 12% em seu lucro, na comparação anual, para 976 milhões de reais. Os números devem mostrar que a companhia cresce, apesar da crise. Já fora do balanço, o momento não é dos melhores.

Há pouco mais de duas semanas, a Vivo anunciou que Amos Genish vai deixar o comando da empresa no fim do ano. A notícia pegou investidores de surpresa e desde então, suas ações preferenciais já caíram 7,5%. “A saída de Amos é definitivamente uma má notícia”, afirmam analistas do banco BTG Pactual em relatório.

Em julho, a companhia onde, até então, tudo aparentemente corria muito bem, tornou pública a saída de sua diretora de marketing, Cris Duclos, acusada de suposto desvio de dinheiro da companhia. No mês passado, ela entrou na Justiça em São Paulo com pedido de reintegração à companhia e indenização.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o assunto teria criado um desgaste entre a gestão da operadora no Brasil e sua matriz na Espanha. O comunicado enviado ao mercado sobre a saída de Genish afirma que a decisão de deixar o cargo foi tomada pelo executivo, que alegou motivos pessoais.

Quem assumirá a companhia em seu lugar é Eduardo Navarro, um dos principais executivos da Telefonica na Espanha, e que preside o conselho de administração da Vivo desde a fusão com a GVT, empresa fundada por Genish e comprada em 2014.

Navarro, afirmam analistas, parece ter as credenciais necessárias para o trabalho. Mas substituir Genish, que conduziu com sucesso um processo de integração que deve gerar 25 bilhões de reais em sinergias, será uma tarefa penosa. Os investidores parecem não confiar muito na troca, nem nas explicações dadas até aqui. A teleconferência de resultados da companhia que acontece na quarta-feira pela manhã pode ser uma boa oportunidade para mudar a visão.

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