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Verde avança em fundo de previdência com Apple, Goldman, Google

A Verde tem cerca de R$ 7 bilhões sob gestão em seu negócio de previdência, lançado no fim de 2015

Fundos de Previdência: número de ativos sob gestão na indústria de fundos de previdência complementar mais do que dobrou nos últimos cinco anos (Reuters/Reuters)

Fundos de Previdência: número de ativos sob gestão na indústria de fundos de previdência complementar mais do que dobrou nos últimos cinco anos (Reuters/Reuters)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 29 de maio de 2019 às 15h40.

(Bloomberg) -- A Verde Asset Management está cortejando algumas das maiores empresas globais para o seu negócio crescente de previdência complementar. Goldman Sachs, Morgan Stanley, Google, Apple, Netflix e outras 30 empresas estão oferecendo aos funcionários a opção de investir em fundo de previdência gerido pela Verde, segundo Luiz Ernesto Godinho, responsável pela área comercial da gestora.

"Nós provavelmente somos a única grande gestora independente no Brasil oferecendo esse tipo de mandato, via as seguradoras parceiras", disse Godinho, em uma entrevista no escritório da Verde em São Paulo. "É uma outra alternativa para capturar as crescentes contribuições de previdência."

A legislação brasileira requer que o produto seja estruturado por uma seguradora e, embora seja gerido de maneira similar ao fundo multimercado da Verde, tem mais limitações para que o risco seja reduzido.

O número de ativos sob gestão na indústria de fundos de previdência complementar mais do que dobrou ao longo dos últimos cinco anos, com brasileiros procurando por alternativas para complementar a renda que eles recebem do sistema público quando se aposentam. Com o governo focado na reforma previdenciária, o dinheiro que entra para planos complementares está avançando. A captação líquida subiu 41% para R$ 11,4 bilhões nos primeiros quatro meses de 2019, na comparação com o mesmo período no ano anterior, segundo dados da Anbima.

Algumas das principais gestoras do país estão tentando capturar uma parte do dinheiro da previdência, uma indústria dominada pelos maiores bancos do Brasil. A Verde tem cerca de R$ 7 bilhões sob gestão em seu negócio de previdência, lançado no fim de 2015. Outros nomes como SPX Capital, Adam Capital e Alaska Asset Management também lançaram seus próprios fundos de previdência.

"Quando começamos a Verde, nem pensávamos em ter previdência", disse Luiz Parreiras, estrategista-chefe da gestora. "Agora é um negócio que podemos expandir para até R$ 10 bilhões. Estamos sendo surpreendidos."

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