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Venezuela inicia oferta de criptomoeda respaldada em petróleo

A pré-venda do petro fechou ontem depois de um mês e alcançou um montante superior a US$ 5 bilhões em intenções de compra

Venezuela: o parlamento considera o Petro uma moeda "ilegal" que viola a Constituição (John Moore/Getty Images)

Venezuela: o parlamento considera o Petro uma moeda "ilegal" que viola a Constituição (John Moore/Getty Images)

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EFE

Publicado em 22 de março de 2018 às 06h42.

Caracas - O ministro de Educação Universitária, Ciência e Tecnologia da Venezuela, Hugbel Roa, anunciou nesta quarta-feira o início da oferta pública do petro, a criptomoeda lançada pelo governo do país e que tem as reservas de petróleo nacionais como lastro.

"Já iniciou a IPO (oferta pública inicial) Petro", disse no Twitter o ministro, sem dar mais detalhes.

A Agência Venezuelana de Notícias (AVN) informou que a pré-venda do petro fechou ontem depois de um mês e alcançou um montante superior a US$ 5 bilhões em intenções de compra.

"Este processo contou com a participação de 127 países, entre eles se destacam Afeganistão, Argentina, Brasil, Bolívia, Equador, Rússia, Chile, Colômbia, Coreia do Sul, Cuba, Espanha, Estados Unidos, França, Japão e China", disse a AVN.

O Parlamento venezuelano, de maioria opositora, declarou nulo o decreto da emissão da criptomoeda pois, como alegou, se trata de uma moeda "ilegal" que viola a Constituição.

A Câmara também rejeitou a pré-venda e alertou aos potenciais compradores sobre a "ilegalidade" desta divisa.

Na declaração, o Legislativo citou artigos da Constituição e de leis vigentes no país segundo os quais é proibido usar as reservas nacionais como garantia, como ocorre com o petro que, segundo o governo de Nicolás Maduro, terá como lastro 5 bilhões de barris de petróleo, além de outros minerais.

Além disso, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva pela qual proíbe aos cidadãos do país "todas as transações" com "qualquer moeda digital" emitida pelo governo venezuelano.

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