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Vendas no varejo têm queda de 1,8% em março, aponta índice da Stone

Na comparação mensal, há sinais de melhora depois de os dados de fevereiro terem vindo mais fracos

Índice Stone de varejo começou a ser divulgado em 2023 (Leandro Fonseca/Exame)

Índice Stone de varejo começou a ser divulgado em 2023 (Leandro Fonseca/Exame)

Raquel Brandão
Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 13 de abril de 2023 às 11h31.

Última atualização em 13 de abril de 2023 às 12h47.

As vendas no varejo começam a mostrar recuperação, segundo o Índice Stone Varejo.  Em março, o índice geral caiu 1,8% na base anual, no entanto, há alta quando comparado ao mês imediatamente anterior.

Houve aumento de 3,6% no volume de vendas em março, após um fevereiro fraco. Todos os segmentos apresentaram melhora nesse período e nessa comparação, mas três se destacaram: o de móveis e eletrodomésticos (7,9%); tecidos, vestuário e calçados (7,4%); e livros, jornais, revistas e papelarias (7,2%).

“Basicamente, não existem feriados nacionais em março e, historicamente, isso tem influência no comércio de modo geral”, explica o pesquisador econômico e cientista de dados da Stone, responsável pelo levantamento, Matheus Calvelli.

Veja também: Varejo cresce 3,8% em janeiro, maior alta para o mês desde 2000, início da série do IBGE

Destaques nos dados regionais

Pelo terceiro mês consecutivo, o Espírito Santo se manteve com bom resultado, com crescimento de 6,1% na avaliação anual, sendo o terceiro maior a nível nacional e o maior do eixo Sul-Sudeste. Os dois estados com resultados melhores que o Espírito Santo foram Acre (11%) e Tocantins (10,2%). Ainda chamaram atenção Paraná (2,2%) e Paraíba (1,3%).

Em fevereiro, o Índice reportou queda significativa nas economias do eixo Sudeste-Sul, com exceção do Espírito Santo. Em março, São Paulo e Minas Gerais (0,9%) estiveram entre os que mais cresceram. Entre as regiões mais afetadas, o Rio Grande do Sul (1,1%), por sua vez, teve a terceira maior queda na atividade econômica em março, atrás apenas do Rio Grande do Norte (11,4%) e Sergipe (5,8%).

Metodologia

O índice considera apenas as vendas em pontos físicos que passam pelas maquininhas da empresa. Hoje, a base de clientes da Stone super o marco de 2 milhões. No futuro, o objetivo é incluir também dados de vendas digitais.

A Stone vai utilizar a metodologia proposta pelo time de Consumer Finance do Federal Reserve Board (FED), que idealizou um modelo de indicador econômico similar aos Estados Unidos. O Índice de Atividade Econômica Stone Varejo avalia, inicialmente, os seguintes segmentos:

  1. Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos;
  2.  Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo;
    1. Hipermercados e supermercados (é um sub-segmento);
  3. Livros, jornais, revistas e papelaria;
  4. Móveis e eletrodomésticos;
  5. Tecidos, vestuários e calçados;
  6. Material de Construção
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