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'Venda moedas de países emergentes (como o Brasil)', diz JPMorgan

Banco americano cita riscos com a covid e diz que mercados em desenvolvimento podem ter período prolongado de crescimento abaixo dos desenvolvidos

Esplanada dos Ministérios em Brasília: cenário adverso para países emergentes, segundo bancos americanos (Ueslei Marcelino/Reuters)

Esplanada dos Ministérios em Brasília: cenário adverso para países emergentes, segundo bancos americanos (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 13 de abril de 2021 às 10h06.

A maré virou para os mercados emergentes. O banco americano JPMorgan divulgou relatório nesta terça-feira, 13, em que recomenda a investidores que se desfaçam de posições em moedas de emergentes como o real.

A recomendação "underweight" (abaixo da média de mercado) contrasta com o otimismo demonstrado por grandes bancos de investimento na virada de 2020 para 2021, quando emergentes eram indicados em um contexto de volta do apetite a risco por parte dos investidores.

Mas o quadro mudou rapidamente. O aumento dos juros futuros americanos, riscos crescentes em países como Turquia e Brasil, e o avanço mais acelerado da vacinação no mundo desenvolvido, em especial nos Estados Unidos, alteraram as perspectivas de risco e retorno para os investidores, segundo o relatório do JPMorgan.

Por outro lado, países em desenvolvimento como o Brasil sofrem justamente com um ritmo mais lento de vacinação e com o agravamento da pandemia. Analistas citam a probabilidade de que essas economias tenham um crescimento abaixo dos países ricos por um período prolongado.

O real era até a semana passada a terceira moeda emergente com maior desvalorização em relação ao dólar, atrás apenas do peso argentino e da lira turca. A moeda americana encerrou a segunda-feira negociada a 5,72 reais.

O JPMorgan não está sozinho nesse diagnóstico de que as perspectivas estão mais sombrias para emergentes. Nas últimas semanas, o Citi e o Morgan Stanley também divulgaram relatórios com teor semelhante.

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