Variação diária é a maior para a ação da companhia em mais de dois anos (Leandro Fonseca/Exame)
Editor de Invest
Publicado em 18 de setembro de 2025 às 11h21.
Última atualização em 18 de setembro de 2025 às 11h58.
As ações da Natura (NATU3) disparam na bolsa brasileira nesta quarta-feira, 18, e lideram com folga as maiores altas do Ibovespa. A alta coincide com a notícia da venda das operações da Avon na Europa, África e Ásia à empresa de investimentos americana Regent. Às 11h10 (horário de Brasília), NATU3 subia 13,08%, a R$ 10,03.
Ativo colocado à venda na reestruturação da Natura, a Avon International era considerada uma "pedra no sapato" da companhia por seu elevado consumo de caixa. Agora falta à companhia vender a operação da Avon na Rússia.
"A companhia reitera que continua explorando alternativas estratégicas para o mercado russo da Avon", afirma a Natura.
A operação, no fechamento, terá valor nominal simbólico de £ 1 (R$ 7,20), inferior ao de uma passagem de metrô no Rio de Janeiro. Mas trata-se, na verdade, de uma transação grande, com pagamentos adicionais que podem chegar a £ 60 milhões (R$ 431,4 milhões).
O valor é, inclusive, maior que a venda da Avon na América Central e na República Dominicana (Avon CARD), anunciada no começo desta semana — ela também teve um valor nominal simbólico, de US$ 1 (R$ 5,28), mas será acrescida de um pagamento de US$ 22 milhões (R$ 117,4 milhões).
O comprador é o Grupo PDC, empresa de bens de consumo com presença na América Central e Peru.
A venda da Avon International, explica a Natura, não impacta as operações na América Latina, que seguem como prioridade estratégica da companhia.
A gestão da marca na região segue sob controle da companhia e é com ela que a Natura pretende crescer no México, mercado onde a empresa vê seu maior potencial de expansão.