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Vencimento de índice futuro ajuda e Bovespa tem alta

Na sessão desta quarta-feira, o Ibovespa encerrou com valorização de 0,57%, aos 60.087,29 pontos

Ivan Clarck, sócio líder de Capital Markets da PwC: 800 companhias tem interesse em abrir capital, mas precisam se preparar para isso (Marcel Salim/EXAME.com)

Ivan Clarck, sócio líder de Capital Markets da PwC: 800 companhias tem interesse em abrir capital, mas precisam se preparar para isso (Marcel Salim/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2012 às 18h22.

São Paulo - O vencimento de índice futuro nesta quarta-feira ditou o ritmo da Bovespa, que registrou a quarta alta seguida. A alta dos papéis da Vale ajudou a Bolsa a terminar o dia acima dos 60 mil pontos, nível que não era atingido no fechamento desde o dia 27. Com isso, as notícias externas acabaram ficando para o segundo plano. A agência de classificação de risco Moody's informou que manteve o rating de grau de investimento da Espanha. Além disso, o recebimento de uma tranche do pacote de socorro à Grécia deu fôlego para as bolsas na Europa. Por outro lado, dados positivos divulgados nos Estados Unidos tiveram seu impacto reduzido em razão de balanços corporativos fracos.

Na sessão desta quarta-feira, o Ibovespa encerrou com valorização de 0,57%, aos 60.087,29 pontos. No mês, o ganho acumulado passou para 1,54% e, no ano, para 5,87%. Na mínima, o índice recuou 0,10%, em 59.683 pontos e, na máxima, atingiu 60.398 pontos (+1,09%). O giro financeiro ficou em R$ 8,765 bilhões.

Para o gerente de mesa de renda variável da corretora H.Commcor Ari Santos, o dia não foi muito bom para os negócios, que ficaram concentrados no vencimento de índice futuro. "O dia ficou travado. Os investidores seguraram a Vale para não deixar o mercado cair. Não foi um dia bom porque não teve muitos negócios (no à vista)", disse. Outra fonte, que preferiu não se identificar, ressaltou que os investidores estrangeiros estavam atuando nas duas pontas - compra e venda - do mercado à vista.

O papel ON da Vale encerrou com ganho de 1,79% e o PNA, +1,59, também acompanhando a performance dos metais no mercado internacional. Na London Metal Exchange (LME) os contratos básicos de metais fecharam em alta, impulsionados por dados positivos nos EUA e notícias vindas da Europa. Na rodada livre de negócios (kerb) da tarde, o contrato de cobre para três meses avançou 1,16%, fechando a US$ 8.219,00 a tonelada.


Já Petrobras foi na contramão do exterior e terminou o dia em queda, ainda sob o impacto das declarações da presidente da estatal, Graça Foster, na véspera, de que o reajuste dos combustíveis é possibilidade concreta, mas não será feito no curto prazo. Ela também disse que ainda não há definição de data de vigência ou de porcentuais. Os papéis ON encerraram em queda de 0,97%, enquanto os PN perderam 0,79%.

As empresas do setor de energia elétrica também tiveram um dia de queda, ainda refletindo o imbróglio sobre as concessões para o setor, o que foi acirrado por questionamentos da Cemig sobre o processo. Além disso, o JPMorgan divulgou relatório em que recomendou que os investidores fiquem longe das empresas mais envolvidas na discussão da renovação de concessões. CPFL PNB (-3,51%), Eletrobras ON (-2,02%) e Eletrobras PNB (-1,80%) figuraram entre os destaques de queda do Ibovespa.

Por outro lado, os papéis das construtoras ficaram entre as altas do índice. Gafisa ON (+4,78%), PDG ON (+3,69%) e Rossi Residencial ON (+2,66%). "Esses papéis têm valor agregado pequeno, mas têm bastante liquidez", lembrou um operador.

Em Nova York, o índice Dow Jones subiu 0,04%, o S&P 500 ganhou 0,41% e o Nasdaq, +0,10%.

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