Mercados

Valor do Facebook passa dos US$ 100 bilhões

Antes mesmo do IPO, valor da empresa de Mark Zuckerberg alcançou os US$ 103 bilhões em um mercado onde poucos podem operar

Outdoor com botão "Like" do Facebook (Justin Sullivan/Getty Images)

Outdoor com botão "Like" do Facebook (Justin Sullivan/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2012 às 06h36.

São Paulo – Enquanto muitos permanecem céticos em relação ao valor que o Facebook, de Mark Zuckerberg, pode alcançar após seu IPO (oferta inicial de ações), o preço das ações no mercado privado sobe. E muito.

No mercado acionário “convencional”, a expectativa é que a venda de ações da rede social movimente 5 bilhões de dólares, o que levaria o valor da empresa para 100 bilhões de dólares. Alguns especialistas acreditam que esse montante é alto demais, embora alguns mecanismos do mercado financeiro possam garantir o valor.

No mercado privado, porém, não só o site já alcançou esse valor como passou dele. Segundo uma reportagem publicada no site da Bloomberg, as ações da rede alcançaram no mercado privado o patamar de 44 dólares neste mês, dando para a empresa um valor de mercado de 103 bilhões de dólares. Com todo burburinho que gira em torno da oferta, a base de acionistas da empresa também é bastante grande. Enquanto o normal é que uma empresa tenha entre 50 e 100 acionistas antes de se tornar pública, o Facebook já tem 1.000 investidores, segundo uma pesquisa da consultoria de mercado financeiro PrivCo. 

Justamente por fazer com que o valor da companhia passe o montante esperado, os ganhos para quem aplicar logo no IPO do Facebook podem ser limitados, já que a empresa está cotada em um patamar muito alto.

De acordo com as regras da Securities and Exchange Commission (SEC, equivalente a CVM americana), podem negociar no mercado privado investidores com mais de 1 milhão de dólares para aplicar e alguns funcionários das próprias empresas. Esse mercado é fomentado por empresas como a SecondMarket e a SharesPost, com ambientes de negociação que funcionam de maneira parecida como uma bolsa de valores, mas com acesso limitado. Essas companhias não estão comemorando o potencial do IPO do Facebook e correm o risco de entrar no pequeno grupo de quem não vai ficar feliz com a oferta de ação.

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