Embarque de minério de ferro da Vale, em Carajás, no Pará | Foto: Germano Lüders/Exame (Germano Lüders/Exame)
Bloomberg
Publicado em 30 de novembro de 2021 às 07h55.
Última atualização em 30 de novembro de 2021 às 08h14.
A Vale (VALE3), a segunda maior produtora de minério de ferro do mundo, vê as Olimpíadas de Inverno de Pequim como um ponto de inflexão para a matéria-prima para siderúrgicas.
Os contratos futuros de minério de ferro perderam cerca de metade de seu valor desde meados de julho, já que a China limitou a produção de aço para conter a poluição e o uso de energia. Alguns desses esforços foram para garantir um céu limpo para as Olimpíadas em fevereiro, de acordo com Luciano Siani, chefe de estratégia e transformação de negócios da Vale.
Como resultado, os preços podem continuar a enfraquecer no início dos jogos, antes de uma provável reviravolta no segundo e terceiro trimestres do ano que vem, disse ele a repórteres em Nova York na segunda-feira.
O argumento de recuperação também é respaldado por sinais de que os parlamentares chineses já consideram medidas para estimular o crescimento, disse Siani. Além disso, a oferta é restrita, com o fenômeno climático La Niña potencialmente impactando as operações australianas e as chuvas começando mais cedo no Brasil, disse ele, enquanto a Índia deve absorver mais de sua produção doméstica.
“Portanto, no segundo e terceiro trimestres, vemos boas perspectivas para o preço por causa disso,” Siani disse.
Ainda assim, ele não vê uma retomada com oscilações violentas vistas no ano passado, com pouca probabilidade de os preços caírem muito abaixo de US$ 90 a tonelada métrica ou ultrapassarem o nível de US$ 120 no lado positivo.