(Washington Alves/Reuters)
Redação Exame
Publicado em 21 de outubro de 2025 às 19h22.
A mineradora Vale (VALE3) divulgou nesta terça-feira, 21, seu relatório de produção e vendas referente ao terceiro trimestre de 2025 (3T25). Entre julho e setembro deste ano, foram produzidas 94,4 milhões de toneladas (Mt) de minério de ferro, o que representa um crescimento de 3,8% na comparação com igual etapa de 2024 e o maior volume trimestral nível desde 2018. O balanço oficial será divulgado no próximo dia 30 de outubro (quinta-feira).
O documento explica que o aumento na produção foi impulsionado por um novo recorde trimestral da mina S11D, em Canaã dos Carajás, e pelo avanço do ramp-up dos principais projetos.
Já as vendas de minério de ferro atingiram 86 milhões de toneladas, 5% maiores na base anual, com melhora da realização de preços, suportada por prêmios mais elevados de finos de minério de ferro.
O preço médio realizado dos finos de minério de ferro da Vale foi de US$ 94,4 por tonelada no período, alta de US$ 9,3 por tonelada, principalmente devido aos maiores preços do minério de ferro e pelos maiores prêmios de finos.
A produção de pelotas, por sua vez, foi de 8,0 milhões de toneladas, um recuo de 23% na comparação anual, refletindo as condições de mercado.
A Vale reportou aumento de produção em seus três principais sistemas de minério de ferro no terceiro trimestre, com destaque para o S11D, que atingiu 23,6 milhões de toneladas, o maior volume já registrado para um terceiro trimestre, 1,5 milhão de tonelada acima do mesmo período do ano anterior. O resultado foi impulsionado por ganhos contínuos de desempenho e maior confiabilidade dos ativos. Esse avanço compensou a queda de volume semelhante em Serra Norte, já esperada.
No Sistema Sudeste, a produção cresceu 1,1 milhão de tonelada na comparação anual, beneficiada pelo comissionamento da quarta linha de processamento de Brucutu e pelo ramp-up do projeto Capanema, que atingiu 2,9 milhões de toneladas, conforme o planejado.
"Esses fatores compensaram parcialmente a menor produção no Complexo Itabira, afetada pelo aumento das atividades de manutenção", diz o documento.
Já o Sistema Sul registrou alta de 1,0 milhão de tonelada na base anual, refletindo o melhor desempenho do Complexo Vargem Grande, impulsionado pelo ramp-up do projeto VGR1 (sistema de contenção de resíduos) e pela redução no tempo de paradas para manutenção.
A produção de cobre atingiu 90,8 mil toneladas, um aumento de 6% em relação ao mesmo período de 2024. O resultado foi impulsionado principalmente pela produção consistente de Salobo e maiores volumes de concentrado provenientes de Voisey's Bay e Sudbury. Já as vendas de cobre somaram 90 mil toneladas.
No segmento de níquel, a produção totalizou 46,8 mil toneladas, mantendo-se praticamente estável na comparação anual. As vendas, por sua vez, totalizaram 42,9 mil toneladas, um crescimento de 5,7% em relação ao mesmo período do ano passado.