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Vale: lucro cai 24% no 2º trimestre, para US$ 2,11 bilhões, mas fica acima do esperado

Mineradora divulgou resultados na noite desta quinta-feira, 31

 (Washington Alves/Reuters)

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Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 31 de julho de 2025 às 18h59.

Última atualização em 31 de julho de 2025 às 19h43.

A Vale (VALE3) reportou lucro líquido atribuído aos acionistas (que exclui efeitos não recorrentes) de US$ 2,117 bilhões no segundo trimestre de 2025. A cifra é 24% menor que a registrada no mesmo período do ano passado. Porém, o número ficou acima das estimativas do mercado.

O EBITDA ajustado da companhia foi de US$ 3,386 bilhões, com queda de 15% ano a ano. A receita líquida de vendas, por sua vez, recuou 11% na mesma base de comparação, para US$ 8,804 bilhões.

No segmento de minério de ferro, a receita líquida foi de US$ 6,963 bilhões (16% menor) e o EBITDA, de US$ 2,977 bilhões, com uma queda de 23% ano a ano. Já o de metais registrou um crescimento de 77%, para US$ 721 milhões, com receita líquida de US$ 1,841 bilhão.

Os custos e despesas totais da companhia, excluindo valores relacionados ao caso Brumadinho, caíram 7%, para US$ 6,462 bilhões. As despesas ligadas ao caso e descaracterização de barragens, por sua vez, somara US$ 38 milhões ante US$ 97 milhões no primeiro trimestre deste ano. De acordo com a Vale, 77% dos compromissos acordados já tinham sido concluídos ao final de junho.

A companhia conseguiu uma redução de 11% no custo caixa C1 (custo de produção e de frete da mina até o porto) de minérios finos, para US$ 22 por tonelada. Levando em conta as comparações anuais, foi o quarto trimestre consecutivo de queda.

No entanto, em relação ao primeiro trimestre de 2025, houve alta de 21%. Por enquanto, o valor está no topo do guidance desse custo que a companhia estabeleceu para este ano (entre US$ 20,50 e US$ 22).

"O desempenho operacional e de custo melhorou em todos os segmentos de negócios, no caminho para atingir os nossos guidances", diz o comunicado da companhia que acompanha os resultados.

Os investimentos (CAPEX) da companhia no período, por sua vez, somaram US$ 1,1 bilhão, o que representa uma queda anual de 21%. A Vale diz que a cifra está alinhada com iniciativas de eficiência em andamento. Para o ano de 2025, o CAPEX está previsto em US$ 5,9 bilhões.

A redução dos investimentos ajudou no fluxo de caixa livre recorrente da companhia, de US$ 1 bilhão no período.

A dívida líquida da Vale somou US$ 12,15 bilhões, com alta de 41% frente ao segundo trimestre de 2024. Contando provisões ligadas a Brumadinho e à Samarco, a dívida vai a US$ 17,5 bilhões.

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