Mercados

Vale usa vários índices para precificar minério

Tóquio - A Vale utiliza vários índices em sua fórmula para determinar os preços trimestrais do seu minério de ferro, disse o presidente da companhia, Roger Agnelli, nesta segunda-feira. A Vale, juntamente com a BHP Billiton e a Rio Tinto, derrubaram no início deste ano o antigo sistema de preço referencial, ou benchmark, e passaram […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 31 de maio de 2010 às 15h43.

Tóquio - A Vale utiliza vários índices em sua fórmula para determinar os preços trimestrais do seu minério de ferro, disse o presidente da companhia, Roger Agnelli, nesta segunda-feira.

A Vale, juntamente com a BHP Billiton e a Rio Tinto, derrubaram no início deste ano o antigo sistema de preço referencial, ou benchmark, e passaram a operar com preços em bases trimestrais, mas a natureza exata de como a Vale calcula o seu preço trimestral ainda não foi totalmente revelada.

Questionado sobre se a Vale está usando o índice Platts em sua precificação, Agnelli disse: "Tudo. O Platts é um dos índices que nós usamos."

Ele também disse que a fórmula vai acompanhar de perto as movimentações na China, que é o maior mercado mundial para o setor.

"O que acontecer lá, nós vamos refletir em todos os nossos contratos. Isso é realmente importante", disse ele em entrevista à Reuters.

No fim de semana, o jornal O Estado de S.Paulo informou que a Vale vai aumentar em julho o preço do minério de ferro em cerca de 35 por cento, para até 145 dólares por tonelada, devido à adoção do sistema de precificação trimestral.

Agnelli também disse que a empresa cobra um prêmio de qualidade sobre o minério indiano porque seu minério de alta qualidade consome menos energia e carvão e tem menos impurezas.

Os preços trimestrais da mineradora são calculados com base no preço médio dos três meses anteriores, acrescentou o executivo.

Apesar de as siderúrgicas do Japão ainda serem contrárias a essa mudança, Agnelli defendeu a posição das mineradoras, afirmando que os preços com base em cálculos trimestrais é a melhor maneira de responder às mudanças na demanda.

"Vamos estabelecer o preço de acordo com a condição do mercado", disse ele.

Agnelli acrescentou que as mineradora chegaram a um acordo com clientes do Japão, China, Europa e Brasil no início deste ano para considerar um preço referencial.

"Todos os nossos clientes concordaram em ter essa fórmula", disse ele. "Eu não sei quanto será (o preço do próximo trimestre)."

"Não são as mineradoras ou a Vale que pedem o preço. O mercado vai dizer qual preço é o correto", completou.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasIndústriaMineraçãoPreçosSiderúrgicasVale

Mais de Mercados

BTG vê "ventos favoráveis" e volta recomendar compra da Klabin; ações sobem

Ibovespa fecha em queda e dólar bate R$ 5,81 após cancelamento de reunião sobre pacote fiscal

Donald Trump Jr. aposta na economia conservadora com novo fundo de investimento

Unilever desiste de vender divisão de sorvetes para fundos e aposta em spin-off