Mercados

Vale sobe forte e Bovespa rompe sequência de 5 quedas

O Ibovespa terminou o pregão com alta de 1,18%, aos 57.836,78 pontos

Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)

Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de outubro de 2012 às 17h14.

São Paulo - Depois de cinco pregões seguidos de queda, a Bovespa encerrou com valorização nesta quinta-feira, embora ainda abaixo dos 58 mil pontos. A forte alta das ações da Vale, que divulgou seus resultados na véspera após o fechamento do mercado, ajudou a puxar o Ibovespa para cima. Também contribuíram os ganhos dos papéis da OGX, Petrobras e de bancos.

No exterior, os balanços corporativos ditaram o tom positivo. Além disso, o desempenho melhor do que o esperado da economia do Reino Unido no terceiro trimestre e a notícia de que o governo da Espanha poderá pedir formalmente uma ajuda para os bancos do país ampararam o movimento.

O Ibovespa terminou o pregão com alta de 1,18%, aos 57.836,78 pontos. Na máxima, o índice atingiu 58.274 pontos (+1,95%) e, na mínima ficou estável, aos 57.161 pontos. No mês, a perda foi reduzida para 2,26% e, no ano, o ganho foi ampliado para 1,91%. O giro financeiro somou R$ 6,2 bilhões. Os dados são preliminares.

Entre as principais altas do índice, os papéis ON e PNA da Vale avançaram 5,63% e 5,57%, respectivamente. Embora em um primeiro momento o balanço do terceiro trimestre da companhia tenha ficado aquém das expectativas do mercado, a análise posterior do documento detalhado e dos números excluindo fatores não recorrentes agradou aos especialistas. Eles avaliam que a mineradora tem condições de gerar caixa e está se saindo bem, apesar das adversidades.

O analista-chefe da Magliano, Henrique Kleine, destacou que o preço do minério de ferro, que afetou os ganhos no terceiro trimestre, mostrou recuperação nos últimos meses e a expectativa é de que se mantenha em patamar favorável no início de 2013. Também está sendo bem vista a política de alienação de ativos que não agregam valor à companhia, e que serão revertidos em investimentos, e a rígida meta de corte de custos operacionais.


A Vale reportou lucro líquido em USGAAP de US$ 1,669 bilhão no período, recuo de 66,2% em relação ao terceiro trimestre do ano passado. O lucro é o menor desde o primeiro trimestre de 2010, quando a mineradora registrou ganho de US$ 1,604 bilhão.

OGX ON também figurou entre as principais altas, com ganho de 2,59%. O acionista controlador, o empresário Eike Batista, outorgou à companhia o direito de exigir que ele subscreva novas ações ordinárias, ao preço de R$ 6,30 cada, até o limite máximo de US$ 1 bilhão.

Petrobras, que divulga balanço na quinta-feira, após o fechamento do pregão, também subiu, acompanhando o preço do petróleo no mercado internacional. A ação ON avançou 1,12% e a PN subiu 0,97%. Na Nymex, os contratos futuros da commodity com vencimento em dezembro terminaram com valorização de 0,37%, a US$ 86,05 o barril.

Os bancos também voltaram a subir, depois do recuo desde o início da semana por conta de resultados fracos. Bradesco PN mostrou alta de 2,46%, Itaú Unibanco PN avançou 1,42%, Banco do Brasil ON subiu 1,93% e as units do Santander registraram valorização de 0,92%. O banco espanhol reportou mais cedo lucro líquido de R$ 1,46 bilhão no terceiro trimestre deste ano no padrão contábil internacional, o IFRS, queda de 18,7% ante o mesmo intervalo do ano passado.

Em Nova York, às 17h17 (horário de Brasília), o índice Dow Jones subia 0,04%, o S&P 500 ganhava 0,19% e o Nasdaq tinha variação positiva de 0,13%.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresIbovespaMercado financeiro

Mais de Mercados

Ibovespa amplia queda com expectativa de isenção de IR; dólar sobe a R$ 5,88

O que explica a valorização de US$ 350 bi da Tesla? 'Espíritos animais', citam analistas

No pior ano desde 2020, funcionários da Starbucks receberão apenas 60% do bônus

Pacote fiscal, formação do Governo Trump e prévia do PIB americano: os assuntos que movem o mercado