Mercados

Vale puxa Bovespa para um ganho de 0,81%

O Ibovespa terminou o dia com elevação de 0,81%, aos 58.669,92 pontos

No final das contas, a Bovespa acabou ignorando os temores que prejudicaram as bolsas externas

No final das contas, a Bovespa acabou ignorando os temores que prejudicaram as bolsas externas

DR

Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2011 às 17h47.

São Paulo - Nem a espera pelo voto de confiança no governo grego nem os indicadores mais frágeis no exterior impediram a Bovespa de terminar a sessão em alta. As blue chips, sobretudo as ações da Vale, foram decisivas para o comportamento na contramão do mercado externo. O balanço da semana, no entanto, foi negativo.

O Ibovespa terminou o dia com elevação de 0,81%, aos 58.669,92 pontos. Na mínima, registrou 57.547 pontos (-1,12%) e, na máxima, os 58.804 pontos (+1,04%). Na semana, a bolsa teve perda de 1,42%, mas, no mês, acumula alta de 0,57%. Em 2011 até hoje, tem queda de 15,34%.

Os especialistas não cravaram uma única razão para o desempenho da Vale, mas citaram o possível afrouxamento monetário na China, a recompra de papéis e também alguma compra por investidor estrangeiro. Vale ON subiu 2,04% e Vale PNA, 1,32%, esta última com giro de R$ 933,495 milhões, o maior do pregão.

Esse movimento de alta se espalhou ainda à Petrobras (a ON ganhou 0,97% e a PN, 0,82%) e às siderúrgicas. Gerdau PN fechou com +1,49%, Metalúrgica Gerdau PN, +1,83%, Usiminas PNA, +2,33%, CSN ON, +3,08%. Na Nymex, o contrato do petróleo para dezembro subiu 0,20%, a US$ 94,26 por barril.


Também se destacou hoje Cesp PNB (+8,07%, na maior alta do Ibovespa), com a expectativa de que as concessões de energia elétrica que vencem em 2014 e 2015 sejam renovadas pelo governo federal nos próximos 30 dias.

No final das contas, a Bovespa acabou ignorando os temores que prejudicaram as bolsas externas. Embora o primeiro-ministro grego, George Papandreou, tenha desistido do referendo popular para saber se a população queria ou não o acordo para a ajuda internacional, seu governo pode cair. Ele passará por um voto de confiança esta noite no Parlamento.

Outra frustração do mercado foi com o encontro do G-20. Muito se falou, mas nada se decidiu e não foi desta vez que saiu uma solução final para a crise da dívida da zona do euro. Dos indicadores, o payroll (dados de emprego nos EUA), o dado mais aguardado do dia - e da semana - veio misto. A economia dos EUA criou 80 mil empregos em outubro, abaixo dos 100 mil esperados, mas a taxa de desemprego recuou para 9,0% e os dados dos dois meses anteriores foram revisados para cima. Na zona do euro, o índice dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) composto recuou para 46,5 em outubro, abaixo da estimativa de 47,2.

As bolsas caíram na Europa e nos EUA. O Dow Jones terminou o pregão com queda de 0,51%, aos 11.983,24 pontos, o S&P recuou 0,63%, aos 1.253,23 pontos, e o Nasdaq perdeu 0,44%, aos 2.686,15 pontos. Na semana, acumularam, respectivamente, retração de 2,03%, 2,48%, 1,86%.

Acompanhe tudo sobre:AçõesB3bolsas-de-valoresEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasMineraçãoservicos-financeirosSiderúrgicasVale

Mais de Mercados

Escândalo de suborno nos EUA custa R$ 116 bilhões ao conglomerado Adani

Dividendos bilionários da Petrobras, pacote fiscal e cenário externo: assuntos que movem o mercado

Ação da Netfix tem potencial de subir até 13% com eventos ao vivo, diz BofA

BTG vê "ventos favoráveis" e volta recomendar compra da Klabin; ações sobem