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Vale perde espaço para Petrobras em preferências do Itaú BBA

Melhora na percepção do mercado sobre a gestão da estatal pode impulsionar as ações

Mercado gostou do novo aumento do diesel e as ações sobem nesta sexta-feira (Ricardo Moraes/Reuters)

Mercado gostou do novo aumento do diesel e as ações sobem nesta sexta-feira (Ricardo Moraes/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 13 de julho de 2012 às 13h05.

São Paulo – O Itaú BBA retirou as ações da Vale (VALE3) da lista de preferidas de investimentos na bolsa brasileira e as trocou pelos papéis da Petrobras (PETR4), mostra um relatório publicado nesta sexta-feira. Segundo o banco, o mercado pode melhorar a sua percepção sobre a gestão da estatal e impulsionar as ações.

“Mesmo mantendo nossa visão positiva para Vale no médio e longo prazo, com uma recomendação de outperform (desempenho acima da média do mercado), optamos por trocar a Vale por outra empresa com ação de bastante liquidez: a Petrobras”, mostra a análise.

As outras empresas na carteira TOP 5 do banco são: Telefônica Brasil (VIVT4), AmBev (AMBV4), Cemig (CMIG4) e Cetip (CTIP3).

“Acreditamos que uma possível melhora na percepção de gestão da Petrobras possa fazer com que suas ações ganhem momento, lembrando que desde sua ultima capitalização as ações da empresa têm sofrido bastante”, ressalta o Itaú BBA.

Reajustes

A Petrobras anunciou na noite de ontem um reajuste de 6% no preço do diesel nas refinarias e hoje seus papéis abriram com forte alta na BM&FBovespa. A analista de petróleo do Itaú BBA, Paula Kovarsky, se disse surpresa com o anúncio e calcula que o aumento deve gerar um ganho de 1,3 bilhão de reais em geração de caixa ainda em 2012. Segundo ela, o segundo reajuste em tão pouco tempo foi proporcionado pelas tendências inflacionárias menores no Brasil, mostra um relatório.

A notícia mostra um melhor alinhamento da administração da empresa com o acionista controlador, lembra Paula. Em meados de junho, a empresa aplicou um reajuste de 7,83% para a gasolina e de 3,94% para o diesel. Na ocasião, Paula ressaltou que o mercado tinha a expectativa por um aumento de 15% no preço dos dois combustíveis, o que traria os preços para uma paridade internacional. Com a decepção com os números, os papéis da empresa desabaram na bolsa.

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