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Com queda de 24%, Vale perdeu R$ 72 bilhões em valor de mercado

Os papéis registram forte desvalorização na Bolsa após o rompimento da barragem em Brumadinho (MG), na última sexta-feira

Vale: na sexta-feira, dia do rompimento da barregam, a Bolsa estava fechada (Brendan McDermid/Reuters)

Vale: na sexta-feira, dia do rompimento da barregam, a Bolsa estava fechada (Brendan McDermid/Reuters)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 28 de janeiro de 2019 às 16h31.

Última atualização em 28 de janeiro de 2019 às 18h27.

São Paulo - As ações da Vale fecharam em queda de 24,04% na tarde desta segunda-feira. Com a desvalorização, a mineradora perdeu 71,42 bilhões de reais em valor de mercado. Apenas hoje, o valor de mercado da companhia passou de 296,72 bilhões de reais para 225,3 bilhões de reais. 

A baixa das ações da mineradora impactava diretamente no Ibovespa, que fechou em queda de 2,29% aos 95.443,88 pontos. O Vale tem peso de 10% no principal índice da Bolsa. 

Além da Vale, as ações da Bradespar, holding da mineradora, também fecharam em forte desvalorização, em baixa de 24,49%.  A CSN acompanhou o movimento e fechou em baixa de 5,69%. 

Apesar da queda da Vale, analistas recomendaram em relatórios cautela com os papéis da dado o ambiente de incertezas para as ações da mineradora em razão dos potenciais desdobramentos do rompimento, mas vislumbravam efeito financeiro limitado.

Em relatório divulgado a clientes, a CoinValores afirmou que em termos operacionais, o impacto é pequeno, tendo em vista que a produção no local corresponde a menos de 2% da produção total da Vale e que a capacidade ociosa em outras minas permite o remanejamento da operação.

E destacou que além de novos impactos financeiros potenciais, mudanças regulatórias também ficam no radar, com a possibilidade de exigências mais rígidas quanto à licença para novas barragens e minas. “Até que todos os potenciais impactos possam ser mensurados de forma mais clara, os papéis VALE3 devem ficar pressionados.”

Já a XP Investimentos destacou que mantém a recomendação inalterada, em compra, com horizonte de médio – longo prazo. “Entretanto, uma série de incertezas em relação ao impacto no curto prazo permanecem, portanto sugerimos cautela.”

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