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Vale e Petrobras ajudam e Bovespa volta a 63 mil pontos

O bom humor, assim como o mau humor da bolsa brasileira nos outros dias, foi motivado pelo cenário externo

Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)

Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)

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Da Redação

Publicado em 12 de abril de 2012 às 18h01.

São Paulo - Depois de três dias seguidos de queda, nesta quinta-feira, finalmente, a Bovespa conseguiu encerrar o pregão em alta. O avanço de cerca de 6% das ações da Vale e de 3% dos papéis da Petrobras garantiram a performance de Bolsa. O bom humor, assim como o mau humor nos outros dias, foi motivado pelo cenário externo. Desta vez, China e EUA foram responsáveis por um noticiário mais animador.

O Ibovespa encerrou com ganho de 2,88% aos 63.058,00 pontos. Na mínima, o índice atingiu 61.300 pontos (+0,01%) e, na máxima, 63.061 pontos (2,88%). No mês, a Bolsa reduziu a queda para 2,25% e, no ano, voltou para a casa dos dois dígitos (+11,11%). O giro financeiro ficou em R$ 8,220 bilhões. Os dados são preliminares.

No país asiático, o Banco Central chinês (PBOC) informou que os novos empréstimos bancários em yuans subiram acima do esperado em março, indicando condições mais frouxas para financiamento e apontando para uma guinada na condução da política monetária do país.

"O que mais animou são os dados da China que só serão anunciados a noite. É estranho, mas o mercado é assim, sobe no boato e cai no fato", disse o operador de uma grande corretora paulista, lembrando um velho ditado usado no mercado para explicar movimentos sem explicação. Nesta noite, o gigante asiático anuncia os números sobre a produção industrial e as vendas no varejo, ambos referentes março, e também o PIB do trimestre passado.

A expectativa de um PIB melhor na China reflete em cheio na Vale, que tem o país como principal cliente. A ação ON da Vale avançou 6,35% e a PNA, +6,07%. Com o resultado de hoje, o papel ON passou a registrar ganho de 2,24% no mês e o PNA, +3,23%. Os contratos de metais básicos negociados na London Metal Exchange (LME) fecharam em alta, impulsionados pela queda do dólar e acompanhando os ganhos dos mercados de ações. Na rodada livre de negócios (kerb) da tarde, o contrato de cobre para três meses ganhou US$ 180,00 (2,2%), fechando a US$ 8.220,00 a tonelada.

Petrobras ON registrou ganho de 3% e a PN, 3,09%. Já a petroleira não conseguiu anular as perdas no mês de 5,27% e 5,74%, respectivamente. O contrato de petróleo com vencimento em maio encerrou com alta de 0,91%, a US$ 103,64 o barril na Nymex.

Também animou o mercado a fala de presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) de Nova York, William Dudley, antes da abertura das bolsas em Wall Street. Ele afirmou que os sinais econômicos dos EUA durante os últimos meses têm sido animadores, mas os números sobre o mercado de trabalho destacam que a recuperação ainda tem obstáculos.

Os dados não tão positivos divulgados nos EUA hoje acabaram ficando em segundo plano. Se os números dos pedidos de auxílio-desemprego subiram mais que o esperado na semana até 7 de abril, o índice de preços ao produtor (PPI, em inglês) dos EUA ficou estável em março. Além disso, o Departamento do Comércio informou que os EUA registraram déficit comercial de US$ 46,03 bilhões em fevereiro, uma queda de 12,4% ante janeiro, marcando a maior contração desde maio de 2009.

Em Nova York, o índice Dow Jones subiu 1,41%, o S&P 500 ganhou 1,38% e o Nasdaq, +1,30%.

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