Rio de Janeiro - A Vale SA, maior produtora mundial de minério de ferro, caminha para a maior queda de dois dias em mais de dois meses, levando para baixo o Ibovespa, depois que os preços da commodity caíram para o mais baixo patamar em quase um ano.

As ações preferenciais da Vale caíam 2,5 por cento às 13:18, para R$ 37,80, enquanto as ordinárias perdiam 2,5 por cento, para R$ 40,36. As duas classes de ações acumulam perdas de mais de 8 por cento nos dois últimos dias, maior recuo desde 9 de agosto.

O preço do minério com 62 por cento de ferro vendido para o porto chinês de Tianjin recuou 2 por cento, para US$ 150,30 a tonelada hoje, seu mais baixo patamar desde 3 de novembro, segundo o Steel Index. Os preços do minério de ferro para entrega imediata caíram perto de 15 por cento no mês passado com receios de que a China, maior consumidor da matéria-prima do aço, possa reduzir sua expansão porque a crise da dívida na Europa está afetando a recuperação global.

A Vale vai cortar o preço do minério vendido para as usinas de aço da China de US$ 175 para US$ 160 a tonelada, disse o boletim chinês Economic Information Daily, citando um funcionário de uma fabricante de aço chinesa que não quis se identificar. A Vale teria encaminhado uma carta com a proposta de corte no preço depois que várias fabricantes de aço pediram o ajuste no montante cobrado, disse o jornal.

Um funcionário da Vale no Rio de Janeiro, que não quis ser identificado por política interna da companhia, disse à Bloomberg News hoje que a empresa não comenta negociações de preço.