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Usinas de açúcar brilham no mercado de dívida

O crescimento recorde da safra de cana está reativando usinas ociosas no país, que é o maior produtor mundial de açúcar


	Açúcar: a Virgolino está aumentando suas plantações de cana para reduzir a dependência de fornecedores
 (Divulgação)

Açúcar: a Virgolino está aumentando suas plantações de cana para reduzir a dependência de fornecedores (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

São Paulo - Os títulos em dólar do Grupo Virgolino de Oliveira SA estão gerando as melhores taxas de retorno do mercado. O crescimento recorde da safra de cana está reativando usinas ociosas no País, que é o maior produtor mundial de açúcar.

A taxa dos títulos com vencimento em 2022 da emissão de US$ 300 milhões da companhia, que paga juro nominal de 11,75 por cento, caiu 5,45 pontos percentuais para 10,58 por cento, após ter atingido um pico de 16,03 por cento em 4 de junho, segundo dados levantados pela Bloomberg.

Os papéis, com nota cinco níveis abaixo do grau de investimento pela Standard & Poor’s, deram retorno de 43 por cento, o dobro da média das emissões de empresas da América Latina com rating similar, de acordo com o Credit Suisse Group AG.

Os ganhos no mercado de dívida para a Virgolino, que tem capital fechado, e a alta da USJ Açúcar & Álcool SA, mostram a aposta dos investidores de que tempo seco vai impulsionar a produção.

O aumento nos preços da gasolina deve levar os motoristas a aumentarem o uso de etanol como combustível alternativo. O aumento nas vendas vai ajudar as companhias a reduzirem seu endividamento que alcançou 93 por cento da receita no ano passado, maior patamar em três anos.

“O preço da gasolina deve dar um impulso novo aos usineiros”, disse Vinícius Pasquarelli, operador de mercados emergentes do Standard Credit Group, em Nova York. “Isso vai dar um empurrãozinho extra em meio à forte demanda por títulos de maior rendimento.”

A Virgolino está aumentando suas plantações de cana para reduzir a dependência de fornecedores, disse o diretor financeiro, Carlos Otto Laure, em entrevista por telefone de Catanduva. Ele não quis fazer comentários sobre o desempenho dos títulos.

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