Vale tem planos de investir US$ 21,4 bilhões em 2012, sendo cerca de 70% na América do Sul e 12% no Canadá (Divulgação/ Agência Vale)
Da Redação
Publicado em 28 de novembro de 2011 às 11h35.
São Paulo – O sinal positivo predomina nos principais mercados neste primeiro pregão da semana. O Ibovespa mostrava uma valorização de 2,2% na máxima do dia, aos 56.128 pontos. Em novembro, o principal índice da bolsa brasileira registra queda de 4%. No ano, a desvalorização chega a 19%.
As bolsas da Europa também ofereciam ganhos superiores a 2% nesta segunda-feira. Os investidores repercutem a notícia de que o Fundo Monetário Internacional (FMI) está preparando um plano de ajudas para a Itália de entre 400 e 600 bilhões de euros para dar tempo ao novo Governo tecnocrata de Mario Monti de realizar suas reformas, segundo publicou neste domingo o jornal italiano 'La Stampa'.
Estas ajudas seriam oferecidas entre 12 e 18 meses a Monti para que seu Executivo de tecnocratas consiga iniciar as reformas anunciadas para aliviar a dívida e, principalmente, fomentar o crescimento.
Porém, o FMI negou nesta segunda-feira que tenha iniciado negociações com as autoridades da Itália sobre um suposto plano de ajuda ao país, mencionado pela imprensa italiana. "Não há conversações com as autoridades italianas sobre um programa de financiamento do FMI", declarou um porta-voz do Fundo.
O dólar registrava queda frente o real, ampliando a baixa da sessão anterior e espelhando o apetite por risco. A pesquisa Focus, realizada semanalmente pelo Banco Central (BC), mostrou que a mediana das projeções para o patamar do dólar no fim de 2011 e também no fim de 2012 manteve-se em R$ 1,75 pela sétima pesquisa consecutiva.
Para o câmbio médio, a previsão para 2012 manteve-se em R$ 1,75 e, para 2011, a projeção seguiu em R$ 1,66. Ambas as estimativas são repetidas há duas semanas. Há um mês, as apostas para o dólar médio estavam em R$ 1,73 no próximo ano e em R$ 1,66 em 2011.
Usiminas
Destaques de valorização do Ibovespa nesta sessão, as ações ordinárias da Usiminas (USIM3) valorizavam 5,3%, ao preço de 20,75 reais. O grupo siderúrgico Ternium anunciou na noite de domingo que fechou acordo com os conglomerados brasileiros Votorantim e Camargo Corrêa para compra de suas participações na Usiminas.
Sob o acordo, a Ternium vai pagar 36 reais por ação ordinária da Usiminas junto com sua subsidiária argentina Siderar e a TenarisConfab. Ternium e Tenaris são empresas do conglomerado argentino Techint. A Ternium informou que vai "financiar a aquisição da participação de 4,1 bilhões de reais (cerca de 2,2 bilhões de dólares) com dinheiro e dívida".
Vale
As ações preferenciais classe A da Vale (VALE5) também operam com ganhos consistentes. Na máxima do dia a alta atingia 2,2%. Em 2011, os papéis amargam uma queda de 12,5%.
A gigante da mineração anunciou que tem planos de investir US$ 21,4 bilhões em 2012, sendo cerca de 70% na América do Sul e 12% no Canadá. Desse montante, US$ 12,9 bilhões serão destinados ao desenvolvimento de projetos, US$ 6,1 bilhões em sustentação das operações existentes e US$ 2,4 bilhões em pesquisa e desenvolvimento, disse a companhia hoje em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários.
A Vale estima que a produção de minério de ferro atinja 312 milhões de toneladas em 2012, enquanto a de pelotas chegará a 50 milhões de toneladas e a de carvão 16,6 milhões de toneladas, segundo o comunicado. A produção de níquel deve atingir 300.000 toneladas, a de cobre, 340.000 toneladas, e a de potássio, 650.000 toneladas, segundo o comunicado.
HRT
A HRT Participações em Petróleo (HRTP3) afirmou que a BlackRock passou a deter 299.900 ações ordinárias da companhia.
O montante representa 5,15% do capital votante da empresa, conforme cita o comunicado à Comissão de Valores Mobiliários.
Na máxima do dia, os papéis da HRT valorizavam 5,1%, negociados a 610 reais. Em 2011, a desvalorização dos papéis é de 62%.