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Usiminas usa juros baixos para captar no mercado doméstico

A siderúrgica aproveitou a taxa básica de juros na mínima histórica para captar na semana passada R$ 1 bilhão em debêntures com vencimento em seis anos


	A Usiminas, que obtém 80 por cento de sua receita no Brasil, decidiu que sua primeira captação em cinco anos seria no mercado doméstico

A Usiminas, que obtém 80 por cento de sua receita no Brasil, decidiu que sua primeira captação em cinco anos seria no mercado doméstico

DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

São Paulo - A Usiminas está colhendo os benefícios do maior corte de juros entre as maiores economias do mundo para levantar uma quantia recorde de financiamento doméstico, ao invés de buscar recursos no exterior.

A Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais SA aproveitou a taxa básica de juros na mínima histórica para captar na semana passada R$ 1 bilhão em debêntures com vencimento em seis anos, pagando o Certificado de Depósito Interbancário, ou CDI, mais 1 ponto percentual, ou cerca de 7,95 por cento.

Isso corresponde a cerca de 3,70 por cento em dólares usando um cross-currency swap, menos do que a taxa de 4,65 por cento dos títulos em dólares da companhia com vencimento em 2018, segundo dados compilados pela Bloomberg.

As empresas brasileiras vão captar mais de R$ 100 bilhões no mercado de títulos doméstico neste ano pela primeira vez, depois que as emissões aumentaram 71 por cento no ano passado, segundo o Banco Bradesco SA.

As dívidas locais se tornaram mais atrativas após o Banco Central cortar a taxa Selic em 5,25 pontos percentuais para estimular o menor crescimento entre as principais economias emergentes.

A Usiminas, que obtém 80 por cento de sua receita no Brasil, decidiu que sua primeira captação em cinco anos seria no mercado doméstico, mesmo depois que os custos da dívida em dólares nos países em desenvolvimento caíram para um recorde em janeiro.

Hoje, o mercado doméstico tem profundidade e prazos mais longos que são compatíveis com o mercado internacional, disse Leandro Miranda, chefe de renda fixa do banco de investimento do Bradesco em São Paulo.

Miranda prevê que o mercado de títulos corporativos brasileiro vai crescer 30 por cento neste ano. Para as companhias que têm emissões substanciais em reais, pode ser mais barato captar aqui, disse ele.
A Usiminas não quis comentar sobre a emissão de debêntures.

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