Mercados

Última semana do ano pode ser tão volátil quanto as anteriores

Baixo volume não é garantia de bolsas para cima em um momento de crise

"A economia mundial está numa situação perigosa", lembrou Christine Lagarde. (Peter Parks/AFP)

"A economia mundial está numa situação perigosa", lembrou Christine Lagarde. (Peter Parks/AFP)

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Da Redação

Publicado em 25 de dezembro de 2011 às 17h25.

São Paulo – Será bem difícil a bolsa brasileira fechar 2011 no campo positivo, afinal, a queda é de 16% no ano. Apesar disso, a possibilidade de um último alento continua de pé. Em dezembro, o Ibovespa ainda se segura e apresenta uma valorização de 1,45%. Os últimos dias de negociação podem seguir a tradição e fazer o ultimo mês do ano terminar em alta, o que acontece desde 1999.

A semana deve continuar com o baixo volume visto na semana passada, mas com mais um agravante. Além do menor número de participantes no país, os mercados nos Estados Unidos e na Europa estarão fechados na segunda-feira. A BM&FBovespa irá operar normalmente, mas na sexta-feira também irá interromper os negócios.

Na agenda econômica local, os investidores devem acompanhar na segunda-feira a publicação do último relatório Focus de 2011 e o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) de dezembro na quinta-feira. Nos EUA, o destaque fica para o índice de confiança do consumidor e da atividade manufatureira do BC de Dallas na terça-feira. Na quinta-feira, as atenções estarão voltadas para o indicador de pedidos de seguro-desemprego.

Tensões

Na Europa, não serão os indicadores os eventos que poderão mexer com os mercados, porém um não evento. Os investidores poderão ficar mais tranquilos nas duas próximas semanas porque não estão agendados leilões de títulos das dívidas dos países da região. As vendas têm trazido nervosismo aos mercados nos últimos meses por conta das altas taxas pagas.

Mas como estamos em meio a uma grande crise é bom ficar de olhos bem abertos. As agências de classificação de risco disseram que estão reavaliando as notas de crédito dos países membros da União Europeia e da zona do euro. Portanto, um rebaixamento de rating não pode ser totalmente descartado ainda em 2011.

"A economia mundial está numa situação perigosa", lembrou a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, em uma entrevista ao jornal francês Journal du Dimanche.

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