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UBS (UBSG34) tem queda de 17,78% no lucro líquido do 3T22

Mesmo com essa contração, o resultado do maior gestor de patrimônios do mundo foi melhor do que o esperado

UBS (UBSG34) (Arnd Wiegmann/File Photo/Reuters)

UBS (UBSG34) (Arnd Wiegmann/File Photo/Reuters)

O UBS (UBSG34) divulgou nesta terça-feira, 25, seus resultados do terceiro trimestre de 2022.

Entre julho e setembro, o maior gestor de patrimônios do mundo registrou uma receita total de US$ 8,23 bilhões, em queda de 7,63% em relação aos US$ 8,91 bilhões registrados no mesmo período de 2021.

O lucro líquido do UBS foi de US$ 1,73 bilhão, em queda de 17,78% em relação aos US$ 2,10 bilhões registrados no mesmo período de 2022.

Apesar da desaceleração, o banco suíço superou as estimativas de lucro líquido e receita, que os analistas esperavam em, respectivamente, em US$ 1,53 bilhão e US$ 8,16 bilhões. Graças ao aumento progressivo das taxas de juros, o UBS registrou um aumento de 14% na receita líquida oriunda das operações de juros em sua principal divisão de gestão de patrimônio e banco pessoal e corporativo. No entanto, no negócio de banco de investimento, as receitas caíram 19%,

“Entregamos um bom resultado de US$ 2,3 bilhões em um ambiente desafiador. Nossos clientes nos procuraram para aconselhamento e nos entregaram US$ 17 bilhões em novos ativos líquidos geradores de taxas. Nosso modelo globalmente diversificado e centrado no cliente combinado com um balanço para todas as estações é uma vantagem competitiva, permitindo-nos entregar retornos atraentes e sustentáveis aos acionistas,” escreveu Ralph Hamers, CEO da UBS, comentando os resultados do banco.

O grupo suíço tinha desapontado as expectativas no segundo trimestre, quando registrou lucro líquido de US$ 2,10 bilhões. Na época, o banco tinha salientado que o segundo trimestre havia sido "um dos momentos mais difíceis para os investidores nos últimos 10 anos" devido à alta inflação, à guerra na Ucrânia e às políticas rígidas de contenção da Covid-19 na Ásia. 

Segundo o UBS, esses fatores continuaram na mente dos investidores no terceiro trimestre. "O ambiente macroeconômico e geopolítico tornou-se cada vez mais complexo. Os clientes continuam preocupados com inflação persistentemente alta, altos preços de energia, a guerra na Ucrânia e os efeitos residuais da pandemia", escreveu Ralph Hamers.

Entre os outros elementos de destaque dos resultados trimestrais, as despesas operacionais caíram 6%, para US$ 5,9 bilhões, ante os US$ 6,2 bilhões registrados há um ano. O índice de capital Cet 1, uma medida de solvência bancária, atingiu 14,4% contra os 14,9% registrados em setembro de 2021.

A divisão de banco de investimento registrou queda de 19% nas receitas, com o menor desempenho em derivativos, ações à vista e receitas financeiras compensadas pelas receitas em moeda estrangeira. A divisão global de gestão de patrimônio também registrou receitas mais baixas, com queda de 4% em relação ao ano anterior.

UBS (UBSG34) vai continuar com as operações na China

O UBS informou que tem como objetivo melhorar seus negócios na região Ásia-Pacífico. Segundo o CEO Hamers, existem “algumas oportunidades de crescimento” na China.

“A confirmação de Xi Jinping para outro mandato é basicamente a confirmação da consistência daqui para frente, então algumas das políticas que ele apresentou no ano passado provavelmente continuarão”, declarou Hamers.

Segundo o executivo, o banco suíço olha para a China “em virtude de sua demografia e algumas das dimensões da economia”. “Achamos que ao longo do tempo é um lugar muito atraente, por isso é um lugar estratégico”, salientou.

As ações do UBS fecharam em forte alta nesta terça-feira na Bolsa de Valores de Zurique, subindo 7,30%. Desde o começo do ano, os papéis do banco estão em queda de 2,35%.

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