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UBS prevê inflação alta na próxima década: veja 5 estratégias para proteger seu portfólio

Banco recomenda ações, metais e imóveis para superar os impactos da inflação

Fernando Olivieri
Fernando Olivieri

Redator na Exame

Publicado em 13 de dezembro de 2024 às 10h30.

Última atualização em 13 de dezembro de 2024 às 13h19.

A inflação deve continuar sendo um desafio significativo nos próximos anos, segundo o UBS. O banco projeta que a inflação nos Estados Unidos alcance 3% no final de 2024, 2,6% em 2025 e permaneça em 2,5% até 2027, níveis ainda acima da meta de 2% do Federal Reserve.

Relatório recente do UBS, divulgado pela Business Insider, destacou que megatendências, como déficits crescentes, desglobalização e a transição para energia verde, continuarão impulsionando preços. O aumento dos déficits públicos limita a capacidade dos governos de reagir a choques econômicos futuros. Além disso, políticas protecionistas, como tarifas e restrições comerciais esperadas no governo Trump, podem elevar custos para consumidores e empresas, dificultando o crescimento econômico global.

Outro fator relevante é a crescente regulação ambiental, que deve aumentar os custos de energia e, consequentemente, pressionar a inflação em toda a economia. Com isso, o UBS recomenda que investidores preparem seus portfólios para enfrentar a inflação. Confira abaixo:

1. Investir em ações

O UBS sugere que investidores apliquem seu capital no mercado de ações, pois este historicamente oferece retornos superiores a ativos mais conservadores, como dinheiro. Desde 1945, ações superaram retornos de aplicações em dinheiro em 86% dos períodos de 10 anos e 100% dos períodos de 20 anos.

2. Títulos de renda fixa de alta qualidade

Títulos de grau de investimento são recomendados como uma alternativa de baixo risco para investidores. O UBS prevê retornos médios de um dígito nos próximos 12 meses para esses títulos, especialmente em cenários de choques tarifários ou desaceleração econômica.

3. Ativos reais

Ativos tangíveis, como metais preciosos, são indicados por sua capacidade de diversificar carteiras e superar a inflação. O ouro é um exemplo clássico, pois protege contra riscos geopolíticos e mudanças políticas.

O preço do ouro aumentou mais de 30% em 2024 e deve alcançar US$ 2.900 (R$ 17.284) por onça até o final de 2025, impulsionado pelo aumento da dívida nacional, demanda dos bancos centrais e queda nas taxas de juros. O UBS recomenda alocar cerca de 5% da carteira em ouro, utilizando fundos como o iShares Gold Trust (IAU) e o SPDR Gold Shares (GLD).

Além do ouro, metais industriais como cobre, lítio e níquel devem se valorizar devido à transição energética e maior demanda por eletricidade. O UBS prevê que o preço do cobre atinja US$ 11.000 (R$ 65.560) por tonelada métrica até o final de 2025. Para exposição a esses metais, o banco sugere ações de mineradoras como Anglo American PLC (AAUKF) e BHP Group (BHP) ou ETFs como o Global X Copper Miners ETF (COPX).

4. Investir em imóveis

O mercado imobiliário deve se beneficiar da queda nas taxas de juros. O UBS prevê desempenho de dois dígitos no setor público imobiliário, com destaque para áreas como data centers, logística e torres de telecomunicação.

Fundos como o iShares US Real Estate ETF (IYR) e o Schwab US REIT ETF (SCHH) oferecem uma forma diversificada de entrar nesse mercado.

5. Diversificar com energia limpa

Embora não citado diretamente como uma estratégia separada, a crescente demanda por soluções verdes representa uma oportunidade de investimento. Empresas que atuam em energia renovável e infraestrutura para veículos elétricos podem beneficiar portfólios em longo prazo.

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